Apesar do aumento de 131,4% de 2005 a 2013, o levantamento mais recente do IBGE mostra que quase um quarto da população não tinha aparelho celular em 2013 (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 10h39.
Brasília - Quase um quarto da população brasileira (24,8%) não tinha telefone celular em 2013, embora o percentual de pessoas com celular tenha avançado 131,4% (73,9 milhões de pessoas), desde 2005.
Os dados são do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a 2008, o aumento foi 49,4% (43 milhões de pessoas).
A ausência do celular era mais comum entre as pessoas com menores rendimentos (50,9% na faixa de rendimento per capita até um quarto do salário mínimo), baixa escolaridade (60,2% das pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e trabalhadores agrícolas (48,9%).
Em uma análise regional, os dados revelam que o Centro-Oeste (83,8%) registrou, em 2013, a maior proporção de acesso ao celular, seguido das regiões Sul (79,8%) e Sudeste (79,5%).
As regiões Norte (66,7%) e Nordeste (66,1%), embora tenham registrado as menores proporções, são as regiões onde mais cresceu o acesso a um celular na comparação com os dados de 2005, quando o Norte tinha 26,4% da população com acesso a celular e o Nordeste, 23,9%.
O Distrito Federal (89,4%) foi a unidade da federação com maior percentual de pessoas com celular, em 2013, seguido de Mato Grosso do Sul (83,5%) e Goiás (83,4%).
Os menores percentuais de acesso foram registrados no Maranhão (52,3%) e no Piauí (62,6%). Na comparação entre 2005 e 2013, as unidades da federação onde mais variou o percentual de acesso a celular foram Tocantins (de 27% para 74,6%), Paraíba (de 26,2% para 73%), Bahia (de 21,2% para 67,0%), Piauí (de 16,8% para 62,6%) e Roraima (de 24,6% para 69,6%).
De acordo com os dados da pesquisa, a posse de telefone móvel celular era maior entre as mulheres (75,9%), do que entre os homens (74,4%), em 2013. No Sudeste (79,8%, e no Sul (80,2%), no entanto, a proporção de homens com telefone celular era maior que a de mulheres (79,2% e 79,3% respectivamente).
O suplementou revela aponta ainda que a posse de celular cresceu em todas as faixas de idade a partir de 10 a 14 anos (49,9%), atingindo a maior proporção no grupo de idade de 25 a 29 anos (87,3%), caindo entre os idosos com mais de 60 anos (51,6%).