Estação de metrô: segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o aumento está abaixo dos 17% de inflação acumulada desde o último reajuste (Friedemann Vogel/Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 07h28.
São Paulo - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou nesta segunda-feira, 29, o aumento de 16,67% nas tarifas de trem e metrô de São Paulo.
Com o reajuste, o valor da passagem sobe de R$ 3,00 para R$ 3,50, mesmo acréscimo anunciado há três dias pela gestão Fernando Haddad (PT) para os ônibus da capital paulista. Ambos passam a valer a partir do dia 6 de janeiro.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o aumento da tarifa cheia do Metrô e da CPTM está abaixo dos 17% de inflação acumulada desde o último reajuste, aplicado em fevereiro de 2012.
No caso dos ônibus municipais, a tarifa estava congelada havia quatro anos. Com a medida, o valor da integração entre os dois sistemas passa de R$ 4,65 para R$ 5,45 na próxima terça-feira.
A exemplo de Haddad, Alckmin anunciou nesta segunda que enviará um projeto de lei à Assembleia Legislativa propondo tarifa zero em Metrô, CPTM e nos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para todos os estudantes de escolas públicas estaduais, incluindo universidades públicas, como a USP, e das Escolas Técnicas (Etecs) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs).
A proposta também prevê isenção da tarifa para alunos de escolas e universidades privadas que comprovarem renda per capita de até R$ 1.550.
Também terão direito ao benefício alunos de baixa renda cadastrados em programas estaduais que dão bolsas a universitários, como o Escola da Família e o Ler e Escrever, e os federais ProUni e Fies. O governo tucano estima que cerca de 65% dos estudantes que usam CPTM e Metrô terá isenção total no preço das passagens.
Ato
A medida atende parcialmente o pleito do Movimento Passe-Livre (MPL) e visa a evitar uma nova onda de manifestações contra o aumento da passagem, como ocorreu em junho de 2013, após a tarifa subir de R$ 3,00 para R$ 3,20.
À época, Haddad e Alckmin anunciaram juntos a revogação do reajuste, após uma série de protestos de rua organizados pelo MPL.
O movimento, contudo, já havia classificado o projeto de tarifa zero anunciado por Haddad e aprovado pela Câmara como "insuficiente" porque a gratuidade não deveria valer só no trajeto até a escola ou universidade.
O MPL convocou em sua página na internet a população para o "1.º Grande Ato Contra a Tarifa", marcado para o próximo dia 9, três dias após o reajuste entrar em vigor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.