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Tarifa de luz virou 'batalha política', diz governador

"O governo federal está certo na questão da amortização, mas tem prazos e transições e processos que podem ser feitos em um tempo maior", disse Renato Casagrande

Renato Casagrande (PSB): para o governador do Espírito Santo, falta diálogo entre as partes para "combinar os movimentos" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Renato Casagrande (PSB): para o governador do Espírito Santo, falta diálogo entre as partes para "combinar os movimentos" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 15h14.

Brasília - O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que a discussão em torno da redução da tarifa de energia elétrica virou uma "batalha política" entre o governo federal e Estados que não aceitaram aderir ao plano do Palácio do Planalto - no caso, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, todos comandados pelo PSDB.

"Virou uma batalha política, acho que os dois lados têm razão. De fato, parte dos investimentos já foi amortizada. Então, precisa ser considerada essa amortização nas novas concessões. O governo federal tem razão nisso", disse Casagrande à Agência Estado, após cerimônia de anúncio de investimentos para portos, nesta quinta-feira.

Para o governador, falta diálogo entre as partes para "combinar os movimentos". "Tem de sentar à mesa. O governo federal está certo na questão da amortização, mas tem prazos e transições e processos que podem ser feitos em um tempo maior", disse Casagrande.


Em sua opinião, apesar da batalha política, o debate não está antecipando a disputa eleitoral de 2014. "Acho que tem uma coincidência. São Paulo, Paraná e Minas Gerais têm uma coincidência dos partidos serem da oposição, mas não creio que seja uma antecipação de disputa eleitoral".

Royalties

Casagrande considera uma "afronta à Constituição" uma possível derrubada aos vetos da presidente Dilma Rousseff a dispositivos da lei sobre a distribuição dos royalties do petróleo, pelo Congresso Nacional.

Segundo ele, caso os vetos sejam derrubados, o governo do Espírito Santo terá uma perda de R$ 1 bilhão na receita no ano que vem, o que seria equivalente a cerca de 10% da arrecadação própria do Estado. "Quem está com a razão não é minoritário nunca, estamos ao lado da Constituição. A maioria não pode massacrar a minoria".

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