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Tarcísio volta atrás e mantém Secretaria da Pessoa com Deficiência em SP

Em nota, o governador eleito disse que "após muito diálogo e reflexão", decidiu que a Secretaria da Pessoa com Deficiência deve ser "mantida e fortalecida"

Tarcisio de Freitas. (EVARISTO SA / AFP/Getty Images)

Tarcisio de Freitas. (EVARISTO SA / AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 20h45.

Última atualização em 29 de dezembro de 2022 às 20h58.

O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) desistiu de extinguir a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, criada em 2008. A pasta será mantida na futura gestão e será chefiada pelo ex-presidente da OAB-SP, Marcos da Costa. A decisão foi tomada em meio a pressão de entidades do setor.

Na última semana, Tarcísio anunciou que a pasta especializada seria reduzida a uma Coordenadoria de Políticas para Pessoas com Deficiência sob a alçada da Secretaria de Justiça e Cidadania. Em entrevista ao blog Vencer Limites, Costa, que é um homem com deficiência e advogado atuante por políticas na área, afirmou que a ideia seria trabalhar de forma transversal com o futuro secretário Fábio Prieto.

Em nota, o governador eleito disse que "após muito diálogo e reflexão", decidiu que a Secretaria da Pessoa com Deficiência deve ser "mantida e fortalecida".

Segundo o Estadão apurou, porém, a nova decisão foi resultado da pressão de entidades do setor e de políticos que têm a defesa da pessoa com deficiência como bandeira. É o caso da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que havia criticado a decisão publicamente e tentava, nos bastidores, fazer com que o futuro governador voltasse atrás. A primeira pasta nos moldes da atual foi ocupada por Mara na Prefeitura de São Paulo durante a gestão de José Serra, que, ao eleger-se governador, fez o mesmo no Estado.

"Essa é uma marca do PSDB. Depois que São Paulo criou a pasta, diversos outros municípios e Estados seguiram o modelo. A decisão de Tarcísio, além de me surpreender, passa a ideia de que a pasta não é necessária", afirmou a senadora ao Estadão na tarde desta terça, ainda sem saber do recuo.

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