Brasil

Tarcísio estima economia de R$ 1,7 bi por ano com auditoria de aposentadorias e prova de vida

As medidas de mais impacto são a revisão dos incentivos fiscais, entre R$ 15 bi a R$ 20 bi em aumento de arrecadação por ano, e a renegociação do indexador da dívida

São Paulo na Direção Certa: ações como a auditoria e a prova de vida, já começaram a ser implementadas (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

São Paulo na Direção Certa: ações como a auditoria e a prova de vida, já começaram a ser implementadas (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2024 às 20h32.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quinta-feira, 23, que auditoria realizada pelo governo de São Paulo no pagamento de benefícios previdenciários identificou irregularidades que podem resultar na economia de R$ 500 milhões por ano. Ele também estima economia de R$ 1,2 bilhão anuais porque 24 mil servidores públicos não realizaram a prova de vida no prazo determinado pelo governo.

Como antecipou o Estadão, o governo lançou o plano "São Paulo na Direção Certa", que tem como eixo o corte de gastos com a máquina pública para aumentar o espaço destinado aos investimentos. Decreto publicado no Diário Oficial deu as diretrizes para que o Estado realize a avaliação de benefícios fiscais concedidos à empresas, a renegociação da dívida com a União, a extinção de órgãos públicos e corte despesas com custeio e pessoal.

Não há uma estimativa de qual será o impacto total do programa nos cofres públicos, pois a maioria das medidas ainda está em fase de estudos técnicos, que devem ser finalizados em até 90 dias.

Ações implementadas até o momento

Algumas ações, contudo, como a auditoria e a prova de vida, já começaram a ser implementadas. "São contas importantes que, no final, vão aumentando nosso fôlego para fazer investimentos. A ideia é reduzir custeio e o tamanho do Estado", disse o governador em entrevista coletiva.

As medidas de mais impacto são a revisão dos incentivos fiscais - entre R$ 15 bi a R$ 20 bi em aumento de arrecadação por ano - e a renegociação do indexador da dívida, que nos cálculos do governo pode reduzir em R$ 4 bilhões o valor pago à União a cada ano.

O governo, porém, ainda não tem estimativas da economia com cortes em itens de custeio, como gastos com passagens aéreas, horas extras e serviços de limpeza, vigilância e impressão. Tarcísio também coloca ênfase na extinção de órgãos públicos e na venda de imóveis do Estado. Porém, essas medidas terão que ser aprovadas pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

"O que a gente sente na Alesp é um compromisso muito forte com a situação fiscal. É uma Assembleia que caminha na direção certa, que tem a visão correta. Quando a gente conversa sobre uma agenda mais liberal, isso tem reverberado muito bem porque temos parlamentares extremamente preparados", afirmou o chefe do Executivo.

Governador exonera secretário

Além do decreto com as diretrizes do plano "São Paulo na Direção Certa", Tarcísio também publicou no Diário Oficial desta quinta-feira a exoneração de Lucas Ferraz. O secretário de Relações Internacionais estava na berlinda há cerca de um ano.

A pasta comandada por Ferraz disse em abril de 2023 que representantes da estatal ucraniana de aviação Antonov demonstraram interesse em investir US$ 50 bilhões no Estado, mas teriam recuado devido a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra na Ucrânia.

A Antonov, porém, negou a informação à época e disse que não tinha representantes no Brasil, o que levou ministros do governo petista a acusar o governo Tarcísio de espalhar fake news.

Acompanhe tudo sobre:Tarcísio Gomes de FreitasEstado de São Paulo

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022