O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) (Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 25 de março de 2025 às 07h03.
Última atualização em 25 de março de 2025 às 07h14.
Na véspera da análise da denúncia sobre a trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na segunda-feira, 24, ter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como candidato à presidência da República em 2026. O chefe do Executivo estadual reiterou que vai disputar a reeleição no próximo pleito.
"Acho que interpretam errado a proximidade ou o apoio. Vamos estar junto do presidente Bolsonaro nesse momento independente de qualquer interesse. Não é justo tirar o Bolsonaro do jogo. É o cara que me abriu a porta. Meu candidato à presidência da República é Jair Bolsonaro e eu vou ser candidato à reeleição em São Paulo", disse Tarcísio durante participação no podcast Inteligência Ltda.
Ao lado do governador durante a transmissão do podcast, Bolsonaro disse que "só passará o bastão depois de morto" e que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) será seu nome para o Senado pelo Distrito Federal. O ex-presidente afirma que será candidato em 2026 e não apoiará outro nome na disputa pelo Planalto.
"Tenho bons advogados. Que vão, em um primeiro momento, explanar uma questão de tecnicidade. Meu fórum é primeira instância. Há poucas semanas, o STF disse que seria última instância. E se decidirem que seria a última instância, teria que ser o plenário todo, e não uma Turma", argumentou.
O governador também afirmou que seria testemunha de defesa de Bolsonaro, caso convocado, no julgamento da suposta trama golpista:
"Eu tenho liberdade de falar com o presidente (até coisas que ele não gostaria de ouvir). Quando me perguntaram se eu seria testemunha de defesa de Bolsonaro, eu disse claro. Por uma razão simples: acompanhei Bolsonaro durante a presidência dele, e tive o privilégio de ser um dos ministros mais próximo do presidente. Nunca vi o presidente arquitetando algo fora da Constituição", afirmou Tarcísio.
Segundo o governador, o Republicanos vai apoiar o projeto que pede anistia aos presos do 8 de janeiro por ser uma "questão humanitária".
"Anistia é um remédio político, que já foi usado outras vezes", defendeu Tarcísio.
Mais cedo, o presidente do PSD e secretário estadual de Governo em São Paulo, Gilberto Kassab, admitiu a possibilidade de disputar o Palácio dos Bandeirantes, caso o governador decida concorrer à Presidência da República e ele tenha seu aval.
"O candidato em São Paulo é o Tarcísio, e o meu candidato será o dele. Caso ele decida disputar a Presidência e avalie que o meu nome é o mais adequado, eu aceito a missão", afirmou Kassab à CNN Brasil nesta segunda-feira.