Leite: segundo o promotor, o leite chegou a ser comercializado (Zsuzsanna Kilian / Stock Xchng)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 19h20.
Brasília - Oito pessoas acusadas de participar de um esquema de adulteração de leite em Santa Catarina, detidas em agosto durante a Operação Leite Aduterado 2 e posteriormente liberadas, foram presas novamente nesta semana, informou hoje (11) o Ministério Público (MP) de Santa Catarina.
Eles foram presos ontem (10) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do município catarinense de Chapecó.
O foco da Operação Leite Adulterado 2 está em uma empresa com sede em Mondaí, no oeste catarinense.
O promotor da comarca da cidade, Fabrício Weiblen, explicou que o MP pediu que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina mantivesse as prisões por entender que havia risco de os suspeitos interferirem na produção de provas e depoimentos.
As investigações, que começaram em abril, abrangem empresas de laticínios, unidades resfriadoras e transportadoras de leite do oeste de Santa Catarina.
De acordo com o MP, a suspeita é que funcionários e empresários estejam adulterando leite destinado ao consumo humano, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo seu valor nutricional.
“Pelo que se apurou, eles estavam adicionando soda cáustica, água oxigenada e álcool ao leite”, informou Weiblen.
Segundo o promotor, o leite chegou a ser comercializado.
“Além de o leite ser vendido em Santa Catarina, foi comercializado no Paraná, em São Paulo e no Rio Grande do Sul”, acrescentou o promotor.
O promotor disse que não pode informar o nome da empresa investigada, porque os trabalhos ainda não foram concluídos.