Prosegur: foram subtraídos cerca de US$ 8 milhões no mega-assalto (Francisco Espinola/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de junho de 2017 às 19h08.
Última atualização em 19 de junho de 2017 às 19h19.
Foz do Iguaçu - A Polícia Nacional do Paraguai vai pedir às autoridades argentinas a extradição do comerciante Néstor Ariel Palma, de 43 anos, preso na sexta-feira, 16, no município de Ituzaingó, Província (Estado) de Corrientes.
Palma é acusado de participar do mega-assalto à transportadora de valores Prosegur no dia 24 de abril em Ciudad del Este, Paraguai, no qual foram subtraídos cerca de US$ 8 milhões.
O comerciante foi preso pela polícia argentina em um táxi próximo a um hotel onde ficaria hospedado.
Com ele, foram encontrados vários documentos de identidade.
Palma tem origem argentina, mas também é portador de documento paraguaio. Ele é apontado, segundo o Ministério Público do Paraguai, como proprietário da mansão usada pelos assaltantes como base para planejar o roubo.
Na casa, que fica na área central de Ciudad del Este, a polícia apreendeu celulares, objetos e colheu provas digitais.
A polícia também investiga a ligação dele com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que seria a responsável pelo assalto milionário.
As polícias paraguaia e argentina vinham monitorando os passos do suspeito.
Em pedido formal feito à direção da polícia argentina, o Comissário da Direção Técnica da Polícia Nacional do Paraguai, Carlos Alberto Dure Rios, havia solicitado a prisão de Palma após o Sistema de Inteligência ter detectado que ele entrou na Argentina e driblou os controles migratórios.
No documento, Rios ainda menciona que Palma é importante peça para investigação do assalto. O detido permanecerá na Argentina até a conclusão do processo de extradição para o Paraguai.
Mais de 40 homens participaram do assalto à Prosegur. Eles detonaram explosivos e entraram na empresa para pegar malotes. As ruas próximas ao local foram fechadas e um policial que fazia segurança acabou morto.
Logo após o crime, a Polícia Federal prendeu oito suspeitos na região Oeste do Paraná, mas liberou cinco por falta de provas.
Outros três foram mortos durante troca de tiros com agentes na perseguição. No Brasil, as investigações estão sob sigilo.