A criança de cinco anos foi morta com um tiro na nuca porque não parava de chorar (George Frey/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2013 às 09h25.
São Paulo - Um dos suspeitos detidos por ter assaltado a residência de um casal de imigrantes bolivianos em São Paulo e assassinado com um tiro na cabeça o garoto Brayan Yanarico Capcha, de cinco anos, confessou sua participação no crime, informaram neste sábado as autoridades.
De acordo com a Polícia Civil, que não revelou a identidade dos criminosos, um dos quatro suspeitos detidos em uma operação realizada ontem em São Mateus, na zona leste da capital paulista, admitiu sua participação no crime.
O detido, além de ter confessado sua participação no crime, também revelou o nome das três pessoas que, segundo ele, tiveram participação no crime, os quais estão sendo procurados pela polícia.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo indicou que os outros três detidos foram libertados porque a família do garoto boliviano não reconheceu os mesmos como participantes do crime.
O menor, que estava nos braços de sua mãe no momento em que os assaltantes entraram na casa, foi morto com um tiro na nuca porque não parava de chorar durante o assalto realizado na madrugada de ontem, quando a residência do casal foi invadida por quatro sujeitos.
Apesar de a família ter entregue R$ 4,5 mil aos criminosos, eles exigiam mais dinheiro e ameaçaram matar as duas crianças que viviam no lugar, entre elas Brayan, que começou a chorar e, por isso, um dos criminosos - de 17 anos, segundo o suspeito detido -, teria o matado.
Os pais de Brayan, que era filho único, chegaram ao Brasil há poucos meses para trabalhar na indústria informal de confecção têxtil. No entanto, após o incidente, o casal deverá retornar a seu país para sepultar o menor lá.
Diante deste contexto, as autoridades consulares da Bolívia administram perante o governo brasileiro o trâmite para transferir o corpo do menor e seus pais ao país andino.
A morte do menor mobilizou a comunidade boliviana residente em São Paulo e, por conta deste fato, cerca de 200 imigrantes passaram a noite com velas e cartazes em frente à delegacia que investiga o caso. EFE