SUS: expectativa é de que nova tecnologia beneficie cerca de 38 mil pacientes ao ano (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 16h47.
São Paulo - A Doença Arterial Coronariana (DAC), conhecida como a principal causa dos enfartes, terá uma nova opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
Após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), o Ministério da Saúde aprovou a incorporação do stent farmacológico - método indicado principalmente para pacientes diabéticos ou com lesões em vasos finos.
A expectativa, segundo o portal do Ministério da Saúde, é de que a nova tecnologia beneficie cerca de 38 mil pacientes ao ano.
A Doença Arterial Coronariana é responsável pelo entupimento de vasos sanguíneos que levam sangue e oxigênio ao coração.
Por esse motivo, o dispositivo intracoronariano, ou stent, é fundamental para a prevenção do enfarte do miocárdio, redução da mortalidade e dos sintomas.
No Brasil, aproximadamente 300 mil pessoas sofrem enfarte do miocárdio por ano - e 84 mil morrem.
"Os pacientes com diabetes tem maior risco de desenvolver a DAC e para eles percebe-se um grande benefício no uso do stent farmacológico. Também é possível constatar uma importante redução no fechamento da artéria do coração nesses pacientes", disse José Eduardo Fogolin, coordenador de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde
No novo método, as pequenas estruturas - que funcionam como molas para manter a artéria desobstruída - são revestidas com medicamentos que reduzem a chance de estreitamento da artéria.
Essas medicações são liberadas nos primeiros 12 meses de implante com o intuito de diminuir a chance de o vaso fechar novamente.
Existem, ainda, os stents convencionais, que apresentam apenas a estrutura metálica, sem conter medicação.
Estima-se que cerca de 30% dos pacientes candidatos a receber um stent tem indicação para utilizar o farmacológico.