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Supermercados do Rio serão fiscalizados por consumidores

A partir do dia 15 de janeiro, quem encontrar um produto na gôndola de supermercados com preço menor do que o registrado no caixa levará a unidade de graça


	Pessoas comparam preços em supermercado: cartazes e placas serão colocados dentro dos estabelecimentos para divulgar campanha e orientar consumidores
 (Getty Images)

Pessoas comparam preços em supermercado: cartazes e placas serão colocados dentro dos estabelecimentos para divulgar campanha e orientar consumidores (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 18h14.

Rio de Janeiro - A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro lançou hoje (16) a campanha "De Olho no Preço" com objetivo de tornar o consumidor um fiscal de seus direitos.

A partir do dia 15 de janeiro, quem encontrar um produto na gôndola de supermercados com preço menor do que o registrado no caixa levará a unidade de graça. Cartazes e placas serão colocados dentro dos estabelecimentos para divulgar a campanha e orientar os consumidores.

De acordo com o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari, essa divergência dos preços não teaz qualquer vantagem ao estabelecimento, já que devido ao sistema de controle eletrônico, o valor real é o cobrado no caixa.

"Essa não é uma prática comum dos supermercados. O fato de estar na etiqueta com um preço menor é uma falha humana, já que a troca de etiqueta ainda depende de funcionários. Não há interesse do supermercado em fazer isso", disse.

Para Aylton Fornari, é a etiqueta eletrônica é a melhor solução para evitar erros na hora de atualizar os preços nas gôndolas. No entanto, segundo ele, por ainda ter um custo alto, poucos supermercados investem na mudança.

"O supermercado incorpora as técnicas modernas que vão aparecendo no mundo todo. Já existe em São Paulo exemplos de lojas com etiquetas eletrônicas. Quando mudar o preço no sistema, vai mudar na loja toda, inclusive etiquetas. Mas ainda é um sistema caro, devagar será implantado. Isso simplificaria o trabalho e inibiria erros da ação humana. Talvez em 2014 comecem a expandir um pouco mais, com os preços a um valor mais factível", declarou.

O Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro atua, na campanha, em conjunto com o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública. O promotor de Justiça Carlos Andresano espera que, a partir da iniciativa, o consumidor fique mais atento aos preços e cobre seus direitos.

“O MP tem uma atuação muito firme ao apurar tudo que chega ao nosso conhecimento e instauramos sempre que houver uma reclamação consistente, um inquérito civil para que nós possamos dar encaminhamento a isso. Começamos um trabalho de investigação, e uma vez constatado, nós tomamos as medidas. O ideal é que erros não aconteçam daqui para a frente, para que o consumidor seja mais respeitado e não pague o que não é devido”. ressaltou

Para garantir a adesão total de empresários, a Asserj vai divulgar a campanha entre os estabelecimentos fluminenses. Além da Defensoria Pública e do MP, o Procon do Rio, as comissões de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e representantes de supermercados assinaram um termo de compromisso sobre o assunto.

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