Brasil

Superlotação dos presídios

O massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que deixou 56 mortos no Amazonas, reacendeu a discussão sobre as condições de vida dentro dos presídios e a política de encarceramento brasileira. Os estudos mais atualizados do Ministério da Justiça datam de dezembro de 2014, e mostram 622.000 detentos, numa média de 167 pessoas a cada 100 vagas. Desde […]

COMPAJ, EM MANAUS: O estado do Amazonas tinha 259 presos para cada 100 vagas em 2014 / REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

COMPAJ, EM MANAUS: O estado do Amazonas tinha 259 presos para cada 100 vagas em 2014 / REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 15h42.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h38.

O massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que deixou 56 mortos no Amazonas, reacendeu a discussão sobre as condições de vida dentro dos presídios e a política de encarceramento brasileira. Os estudos mais atualizados do Ministério da Justiça datam de dezembro de 2014, e mostram 622.000 detentos, numa média de 167 pessoas a cada 100 vagas. Desde então, os investimentos em construção de novas unidades caiu de 111,5 milhões de reais para 12,6 milhões, segundo dados do Fundo Penitenciário Nacional, do governo federal. O déficit de vagas atinge todos os estados da federação. Desde 1990, a população carcerária do Brasil cresceu inacreditáveis 575%.

Enquanto isso, os Estados Unidos realizam estudos anuais de situação dos presídios, lotação e perfil dos presos. Apesar de serem a maior população carcerária do mundo, o número de presos cai desde 2009. São vários os fatores, como aumento de penas alternativas para delitos leves como porte de drogas. Veja abaixo um comparativo entre os dois países.

http://infogr.am/07d54806-3ee4-43f4-8e5d-c4831bdf66c0

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