Urna eletrônica: segundo turno em Roraima terá Suely Campos (PP) e Chico Rodrigues (PSB) (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2014 às 19h17.
Boa Vista - A candidata ao governo de Roraima Suely Campos (PP) recebeu apoio de vários partidos nesta segunda-feira, 6, para a disputa no segundo turno com o governador Chico Rodrigues (PSB), que busca a reeleição.
A adesão mais importante é da senadora petista Ângela Portela, terceira colocada nas eleições para governador, e do senador eleito Telmário Mota (PDT). O PV e o PSC também declararam apoio à candidata.
Juntas, Ângela e Suely conquistaram 60% do eleitorado no primeiro turno e acreditam que essa parceria será vitoriosa nas urnas. Não é a primeira vez que as duas dividem o mesmo palanque.
Na eleição de 2010, Ângela foi candidata ao Senado pela coligação do ex-governador Neudo Campos, marido de Suely.
"Acreditamos que o melhor nome para governar Roraima, dada a minha saída, é o da Suely", disse Ângela. A candidata acrescentou que o compromisso de ambas é tirar Roraima do caos que se encontra, com endividamento e estado de emergência na saúde e na educação. "Temos o mesmo sentimento, que é contra o atual governo", disse.
A segunda-feira de Chico Rodrigues também foi de reuniões, de olho nas alianças. Mas não houve a formalização de nenhum apoio. O candidato adiantou que já conversou com vinte lideranças e que as adesões serão divulgadas em breve.
Críticas
Rodrigues voltou a criticar a candidatura de Suely, formalizada após a renúncia de seu marido, Neudo Campos, barrado pela Ficha Limpa. Segundo ele, o Estado não pode ser governado por 'terceiro', nem ter gestor "fantoche".
A crítica dos novos aliados de Suely seguiu a mesma linha de raciocínio. Ângela Portela afirmou que "Roraima não pode ter um governador manipulado por um senador". Ela se referia ao senador Romero Jucá (PMDB), cujo filho, Rodrigo Jucá, é vice na chapa de Rodrigues.
Os votos de Suely Campos tiveram que ser apurados manualmente pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) porque seu registro não foi deferido a tempo de constar no sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com isso, a apuração atrasou. A candidata do PP ficou com 41,48% dos votos válidos e Chico Rodrigues teve 37,62%.