Haddad visita ônibus: a quantia representará 70% do total de investimentos previstos para serem realizados na cidade em 2014 (Fabio Arantes/SECOM)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2014 às 09h40.
São Paulo - O subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo para manter a tarifa do ônibus a R$ 3 vai custar R$ 1,7 bilhão ao caixa municipal neste ano. Recorde absoluto, o valor quase dobrou desde 2012, quando o então prefeito Gilberto Kassab (PSD) deixou o governo pagando R$ 980 milhões em subsídios às empresas do setor.
Se confirmada, essa quantia representará 70% do total de investimentos previstos para serem realizados na cidade em 2014 - R$ 4,2 bilhões -, a contragosto do prefeito Fernando Haddad (PT), que já declarou publicamente a necessidade de São Paulo investir recursos municipais em outras áreas.
Depois das manifestações de junho do ano passado, que levaram o prefeito Fernando Haddad (PT) a rever a alta de R$ 0,20 aplicada na passagem de ônibus, o investimento na área explodiu.
Em 2013, o repasse em forma de subsídio às empresas de ônibus ficou em R$ 1,2 bilhão. Neste ano, como adiantado pela Prefeitura, vai superar a meta de R$ 1,4 bilhão prevista inicialmente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a diferença com relação à previsão inicial de R$ 1,4 bilhão se dá por causa da redução de arrecadação do sistema após a implementação do Bilhete Único Mensal e da mudança na idade para concessão da gratuidade no transporte de 65 para 60 anos.
A pasta ainda cita outros fatores para explicar a alta de R$ 300 milhões, como o reajuste na remuneração dos contratos de concessão e a contratação emergencial de novas empresas, após o descredenciamento, por exemplo, do Consórcio Leste 4, que atuava na zona leste.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.