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STJ retira de Moro processo contra ex-governador do PR Beto Richa

O inquérito, aberto a partir da delação de ex-executivos da Odebrecht, tramitava no STJ, mas foi remetido para a primeira instância em abril

Beto Richa: de acordo com delatores da Odebrecht, Richa recebeu mais de R$ 3 milhões em "vantagens indevidas" (Fabio Pozzembom/Agência Brasil/Agência Brasil)

Beto Richa: de acordo com delatores da Odebrecht, Richa recebeu mais de R$ 3 milhões em "vantagens indevidas" (Fabio Pozzembom/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2018 às 20h38.

Brasília - A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira, 20, aceitar um recurso do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e encaminhar inquérito contra o político somente para a Justiça Eleitoral do Paraná. Parte do processo estava com o juiz Sergio Moro, que comanda a 13ª Vara Criminal de Curitiba.

O inquérito, aberto a partir da delação de ex-executivos da Odebrecht, tramitava no STJ, mas foi remetido para a primeira instância em abril, quando Richa renunciou do cargo de governador para disputar a cadeira de senador nas próximas eleições, perdendo a prerrogativa do foro. A decisão foi do relator do caso, ministro Og Fernandes.

Og havia atendido aos pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR), de enviar o inquérito para a Justiça Eleitoral paranaense, com a cópia dos autos para Moro.

De acordo com delatores da Odebrecht, Richa recebeu mais de R$ 3 milhões em "vantagens indevidas" para as campanhas eleitorais de 2008, 2010 e 2014, operacionalizados por diversas pessoas, resultando em investigação sobre suposto crime de falsidade ideológica eleitoral.

A defesa de Richa, no entanto, contestou na Corte o envio de parte da apuração para a "Vara da Lava Jato", afirmando que a investigação era de competência somente da justiça eleitoral. O argumento foi acatado pelo colegiado da Corte Especial.

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