Brasil

STJ nega habeas corpus a homem que tatuou testa de adolescente

Ronildo Moreira de Araújo foi preso em flagrante por ter marcado a testa do jovem com a frase "eu sou ladrão e vacilão"

Tatuador: teria alegado ter feito a tatuagem porque suspeitou que o adolescente furtaria uma bicicleta (Reprodução/Reprodução)

Tatuador: teria alegado ter feito a tatuagem porque suspeitou que o adolescente furtaria uma bicicleta (Reprodução/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de julho de 2017 às 08h52.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 08h53.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido liminar de liberdade para o homem que tatuou a testa de um adolescente em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 10.

Ronildo Moreira de Araújo foi preso em flagrante por ter marcado a testa do jovem com a frase "eu sou ladrão e vacilão". Ele teria alegado que fez a tatuagem porque suspeitou de que o adolescente furtaria uma bicicleta.

Junto com outro homem, Araújo trancou o adolescente em um quarto e o obrigou a ficar sentado em uma cadeira até que o procedimento fosse concluído. A ação foi filmada e divulgada nas redes sociais.

A defesa de Araújo alegou, no pedido de habeas corpus, não haver elementos concretos que justificassem a manutenção do cárcere provisório.

Mas a ministra Laurita Vaz lembrou que a Justiça de São Paulo, ao negar um primeiro pedido de habeas corpus, já havia ressaltado a gravidade dos crimes e destacado que as imagens mostraram a incapacidade de o adolescente resistir.

"Assim, a prisão preventiva do paciente não padece de falta de fundamentação. Pelo contrário, demonstra o decreto constritivo a necessidade da medida, mormente pela garantia da ordem pública, dada a crueldade com que as ações do agente foram praticadas e as circunstâncias fáticas do caso, que denotam periculosidade e insensibilidade do paciente", concluiu a ministra ao indeferir o pedido.

Acompanhe tudo sobre:CrimePrisõesTatuagem

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022