Luiz Sefer: deputado estadual paraense foi condenado a 21 anos de prisão pelo crime de estupro contra uma menina de 9 anos (Assembleia Legislativa do Estado do Pará/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de março de 2018 às 13h34.
Belém - Joel Ilan Parcionik, ministro da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve a condenação do médico e deputado estadual paraense Luiz Sefer a 21 anos de prisão pelo crime de estupro contra uma menina de 9 anos. Em 2011, Sefer, que é dono de hospitais no Estado, havia sido absolvido por 2 votos a 1.
A menina, trazida do interior do Pará para trabalhar como babá de uma filha de Sefer, em Belém, foi abusada sexualmente durante 4 anos pelo deputado. O médico é atualmente candidato ao Senado.
Um filho dele, Gustavo Sefer, à época com 13 anos e hoje vereador em Belém - já lançado candidato a deputado estadual pelo pai -, também participava do estupro da criança, segundo relatado na denúncia do Ministério Público e confirmado pela vítima.
Parcionik acolheu a tese de valorização da palavra da vítima que denunciou o estupro, desfez a decisão do Tribunal do Pará (TJ-PA) e restaurou a condenação imposta pela juíza Maria das Graças Alfaia. O recurso contra a absolvição de Sefer foi impetrado pelo Ministério Público do Pará, por meio do procurador de Justiça Marcos Antonio das Neves.
Procurado pela reportagem, o deputado não retornou a ligação. O espaço está aberto para sua manifestação.