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STJ mantém condenação de Bolsonaro por incitação ao estupro

O deputado deverá pagar indenização e se retratar por ter dito, em 2014, que Maria do Rosário não mereceria ser estuprada por ser "muito feia"

Jair Bolsonaro: a defesa argumenta que ele goza de imunidade constitucional (Renato Araújo/Agência Brasil)

Jair Bolsonaro: a defesa argumenta que ele goza de imunidade constitucional (Renato Araújo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 17h11.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, decisão da primeira instância que condenou o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais à também deputada Maria do Rosário (PT-RS).

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou Bolsonaro por ter dito, em 2014, que Maria do Rosário não mereceria ser estuprada por ser "muito feia", não fazendo seu "tipo".

As declarações foram dadas na Câmara e também em entrevista a um jornal.

O deputado foi condenado ainda a publicar uma retratação em jornal de grande circulação e em suas páginas nas redes sociais. Ele ainda não cumpriu nenhuma das determinações da Justiça, agora reiteradas pelo STJ.

A defesa de Bolsonaro argumenta que ele goza de imunidade constitucional, não podendo ser alvo de ações do tipo ou de condenações por palavras que tenha proferido enquanto deputado.

Entretanto, a Justiça entendeu até o momento que as declarações dele foram feitas fora do contexto da atividade parlamentar.

Bolsonaro ainda pode recorrer contra a decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado já é réu em duas ações penais na Corte por causa do mesmo episódio, ambas relatadas pelo ministro Luiz Fux.

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