Brasil

STJ autoriza quebra de sigilo telefônico de Cabral e Pezão

A Procuradoria-Geral da República apura se os investigados cometeram os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro


	Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e atual governador, Luiz Fernando Pezão
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e atual governador, Luiz Fernando Pezão (Tomaz Silva/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 18h47.

Brasília - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e também do ex-governador do Estado, Sérgio Cabral, também do PMDB.

No mesmo pedido foi autorizada ainda a quebra de sigilo de Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio, e de representantes de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

O pedido de quebra de sigilo foi enviado à Corte pela Polícia Federal e autorizado pelo ministro Luis Felipe Salomão, relator da Lava Jato no STJ.

A autorização dada pelo ministro é para que sejam revelados registros telefônicos dos investigados referentes ao período que antecedeu a campanha de 2010.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apura se os investigados cometeram os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com a Procuradoria, Cabral e Pezão agiram juntos, com a contribuição de Fichtner, para receber R$ 30 milhões de empresas contratadas pela Petrobras para a construção do Comperj, no Rio de Janeiro.

O dinheiro teria sido destinado para a campanha de Cabral e Pezão aos cargos de governador e vice, respectivamente, do Estado do Rio de Janeiro, em 2010.

Em um mesmo inquérito do STJ são investigados Cabral, Pezão e Fichtner por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal suspeita que o recebimento da propina foi feito por meio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

No STJ existe outro inquérito que apura o suposto envolvimento do governador do Acre, Tião Viana (PT-AC). A reportagem apurou que não houve, por ora, quebra de sigilo telefônico no inquérito de Tião.

Os investigados têm negado o envolvimento com os desvios da Petrobras, fatos que apurados na Operação Lava Jato. A reportagem entrou em contato com os investigados e ainda aguarda resposta.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaLavagem de dinheiroMDB – Movimento Democrático BrasileiroMetrópoles globaisPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosRio de JaneiroSérgio Cabral

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha