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STF vai apurar vazamento de decisões de Fachin sobre delações

As decisões do ministro estavam previstas para serem divulgadas nesta semana, mas o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso às informações na semana passada

Edson Fachin: o ministro abriu inquéritos contra parlamentares citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht (Carlos Moura/SCO/STF/Divulgação)

Edson Fachin: o ministro abriu inquéritos contra parlamentares citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht (Carlos Moura/SCO/STF/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de abril de 2017 às 18h55.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, decidiu hoje (19) abrir uma sindicância para apurar a quebra de sigilo das decisões do ministro Edson Fachin sobre as delações de ex-diretores da empreiteira Odebrecht.

Um grupo de trabalho foi instituído e deverá concluir a apuração em 30 dias.

As decisões do ministro, que abriu inquéritos contra parlamentares citados nas delações, foram assinadas no dia 4 abril e estavam previstas para serem divulgadas nesta semana, após o feriado de Páscoa.

No entanto, todos os arquivos do processo e as íntegras das decisões de Fachin foram publicadas na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Por meio de sua assessoria, a ministra declarou que a Corte vai julgar os processos da Operação Lava Jato "independentemente de qualquer percalço ou tentativa de atraso".

Após a abertura dos inquéritos envolvendo as delações de ex-executivos da Odebrecht, 109 pessoas passaram a ser investigadas no STF.

Em média, processos criminais podem levar pelo menos cinco anos e meio para serem concluídos na Corte.

O tempo é estimado pela FGV Direito Rio, que calculou o tempo que leva para que um processo criminal envolvendo autoridades com foro privilegiado seja finalizado.

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