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STF rejeita uso de recursos audiovisuais na defesa do mensalão

Os pedidos foram feitos por advogados que defendem réus do mensalão

STF: Ayres Britto foi o relator das duas questões de ordem e pediu que ambas fossem indeferidas (José Cruz/ABr)

STF: Ayres Britto foi o relator das duas questões de ordem e pediu que ambas fossem indeferidas (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 20h58.

Brasília - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta quarta-feira o direito de os advogados dos réus na ação penal do chamado mensalão utilizar recursos audiovisuais na defesa oral de seus clientes.

Eles também definiram que as sustentações orais da defesa aconteçam segundo a ordem da denúncia, sem a possibilidade de marcar um cronograma pré-estabelecido para cada advogado falar.

Os pedidos foram feitos por advogados que defendem réus do mensalão, suposto esquema no qual parlamentares receberiam dinheiro em troca de apoio político ao governo no Congresso, o que causou a maior crise política do período da Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os advogados encaminharam questões de ordem sobre o formato do julgamento, que começa na quinta-feira no plenário do STF.

O presidente do STF, Ayres Britto, foi o relator das duas questões de ordem e pediu que ambas fossem indeferidas. A mais polêmica entre os ministros foi a que possibilitaria o uso de recursos audiovisuais.


"A sustentação é oral, não audiovisual", afirmou Britto, que citou ainda o precedente que seria aberto em outros tribunais do país.

Ele também negou o pedido com base em possíveis problemas técnicos e na possibilidade de outros réus pedirem adiamento de suas defesas para preparar materiais visuais.

"A logística é difícil", disse Britto, que citou o "gigantismo" da causa.

O ministro Ricardo Lewandowski defendeu o uso de meios eletrônicos, afirmando que "o futuro é hoje", enquanto outros ministros sinalizaram que a Corte poderia permitir o formato "no futuro".

Uma reunião administrativa que seria realizada ainda nesta quarta-feira para debater questões sobre o julgamento da ação penal do suposto mensalão foi cancelada por causa da sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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