Brasil

STF recebe recurso contra arquivamento de impeachment de Gilmar

A Consituição Federal determina que um pedido de impeahcment de um ministro do STF deve ser analisado pelo Senado

Gilmar Mendes: Renan Calheiros decidiu por arquivar processo de impeachment contra Gilmar

Gilmar Mendes: Renan Calheiros decidiu por arquivar processo de impeachment contra Gilmar

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 20h45.

O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que arquivou pedido de abertura de impeachment do ministro Gilmar Mendes.

O mandado de segurança é relatado pelo ministro Edson Fachin.

A Consituição Federal determina que um pedido de impeahcment de um ministro do STF deve ser analisado pelo Senado.

O pedido foi feito por um grupo de juristas em setembro. De acordo com o ex-procurador, o arquivamento é ilegal. Para Fonteles, a decisão final deveria ser da Mesa da Casa.

Além disso, o ex-procurador entende que o presidente do Senado é "suspeito" para analisar o caso porque Mendes votou contra o recebimento da denúncia em que o senador virou réu na Corte pelo crime de peculato.

"Renan Calheiros, que se fez juiz monocrático para repelir a denúncia contra Gilmar Mendes, por crimes de responsabilidade, teve, a seu favor, o voto do ministro Gilmar Mendes para, igualmente, rejeitar a denúncia contra si ajuizada pelo Procurador-Geral da República", sustenta Fonteles.

Ao decidir pelo arquivamento, o presidente do Senado entendeu que a denúncia baseou-se exclusivamente em matérias jornalísticas, declarações e transcrições de votos.

Ele considerou "insubsistente" o conjunto de provas presente nos autos, sem vislumbrar, na sua opinião, a incompatibilidade dos atos do ministro com a honra ou o decoro, nem que outros elementos configurem crimes de responsabilidade.

Após o pedido de impeachment ser protocolado no Senado, Gilmar Mendes criticou os autores das ações e disse que tratav-se de "um consórcio de famosos quem, daqueles que já foram e daqueles que nunca serão" e disse que a ação "era até engraçada".

Acompanhe tudo sobre:SenadoSupremo Tribunal Federal (STF)TSE

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha