Funcionários e alunos da USP durante um protesto: quase 2 mil funcionários serão impactados pela medida (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2014 às 09h42.
São Paulo - Com déficit de R$ 983 milhões em 2015, a crise na USP, uma das principais universidades do país, continua grave.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Supremo Tribunal Federal mandou que a USP reduzisse o salário de 1972 professores e funcionários que recebem mais de 20,7 mil reais.
Para o STF, os salários devem respeitar o novo teto salarial dos funcionários públicos. Entre os casos levantados pelo jornal, há professores aposentados com salários acima de 60 mil reais e um funcionário do serviço de protocolo que ganha 30 mil reais.
Hoje, 7% dos funcionários têm salário bruto acima do teto do funcionalismo público, conforme informou a reitoria à publicação.
Atualmente, 106% do orçamento da universidade é consumido pela folha de pagamento de funcionários e docentes. Para aliviar as contas, a USP criou um plano de demissão voluntária (PDV) de servidores técnico administrativos.
A Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) da instituição calcula que os gastos com pessoal devem passar de 5,1 bilhões de reais em 2015, 105% do repasse esperado do Tesouro do Estado.
Mais de 820 milhões de reais devem ser retirados da poupança da faculdade, valor que corresponde a quase metade de toda a reserva da USP.