O doleiro Alberto Youssef é escoltado por policial federal (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2015 às 19h09.
São Paulo - O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por unanimidade o pedido da defesa de Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia, para revogar a homologação da delação premiada do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato e, com isso, confirmou a validade dos depoimentos dados pelo doleiro.
A defesa do diretor da Galvão Engenharia argumentou em habeas corpus que ele somente foi envolvido nas investigações por conta dos depoimentos de Youssef que, na avaliação dos advogados, não poderia ter firmado acordo de delação premiada por ter descumprido um acordo similar em outra investigação.
Com a rejeição do habeas corpus por 10 votos a zero, o plenário do STF reconheceu por unanimidade a validade dos depoimentos e das provas produzidas com a delação de Youssef.
O ministro Teori Zavascki não votou no julgamento do habeas corpus, pois foi ele que, monocraticamente, homologou a delação do doleiro e as demais delações que mencionam políticos com foro privilegiado.
A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção em estatais que envolve empresas, partidos e políticos.