Brasil

Stédile diz que movimentos populares devem ser autônomos

O líder do MST participou de ato em defesa da Petrobras e pregou a independência dos movimentos sociais em relação ao governo

Um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile (Valter Campanato/ABr/Agência Brasil)

Um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile (Valter Campanato/ABr/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 20h12.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile, participou hoje (13), no Rio de Janeiro, do ato em defesa da Petrobras e pregou a independência dos movimentos sociais em relação ao governo.

A manifestação atraiu milhares de pessoas, que se concentraram na Cinelândia, no centro da cidade, e depois seguiram em caminhada até a sede da estatal.

“Estamos aqui para defender os direitos dos trabalhadores. E os movimentos populares têm que ser autônomos do governo. Para, quando ele acerta, elogiar. Mas, quando ele erra, criticar”, disse o líder sem-terra, após descer do carro de som e caminhar ao lado de outras lideranças políticas, na dianteira da manifestação.

Stédile destacou que a estatal do petróleo precisa continuar sendo do povo brasileiro e defendeu o combate à corrupção. 

“O povo brasileiro deu uma demonstração de que está unido, milhares saíram em todas as capitais. E queremos evitar que a crise traga prejuízos aos trabalhadores. Queremos garantir que a Petrobras continue sendo do povo brasileiro, queremos combater a corrupção, com a aprovação de uma reforma política”.

O ativista defendeu a presença do povo nas ruas, conforme pedido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ato recente na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). “A rua é o único espaço em que o povo pode discutir política. O Parlamento é dos deputados, os palácios são dos eleitos. A rua é democrática e da paz. Quem é violento no Brasil sempre foram os poderosos. A elite que não aceita repartir com os trabalhadores a riqueza e o poder”.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também participou do ato, disse que a manifestação desta sexta-feira foi um recado aos que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Queremos mostrar à sociedade brasileira que os golpistas não são maioria, que não têm a menor possibilidade de impeachment, porque o povo está nas ruas, defendendo a democracia e os direitos sociais. Estamos reagindo, com coragem, e não vamos permitir golpe ou impeachment. Defendemos a Petrobras livre dos corruptos”.

O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) pediu a investigação dos crimes praticados contra a estatal, mas ressaltou que não se pode utilizar os escândalos como justificativa para entregar o petróleo nacional ao capital estrangeiro.

“Estamos aqui dizendo basicamente duas coisas: queremos a investigação de todo e qualquer crime praticado contra a Petrobras ou contra o patrimônio do povo brasileiro. Mas, não aceitamos que esses escândalos sejam usados como tentativa de justificar a entrega do pré-sal brasileiro para interesses internacionais”.

A manifestação foi encerrada com um abraço simbólico ao prédio da sede da Petrobras, na Avenida Chile.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da Petrobrascidades-brasileirasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoMetrópoles globaisMST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem TerraPetrobrasPetróleoRio de Janeiro

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil