(Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
Clara Cerioni
Publicado em 19 de março de 2020 às 12h44.
Última atualização em 19 de março de 2020 às 13h46.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, 19, que, por conta do avanço do coronavírus, a Sabesp vai suspender a cobrança de tarifa social de água para as pessoas mais pobres do estado. Ao todo, 560 mil famílias de menor renda não vão precisar pagar a conta a partir de abril.
O governador sustentou mais uma vez que a "suspensão de transportes e a restrição de circulação não pode acontecer". "Proibir estradas, aeroportos e portos não é uma medida que vai salvaguardar a população", disse Doria.
Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologista, para este momento é que as pessoas só saiam de casa em caso de extrema necessidade. São Paulo é o estado que tem o maior número de casos confirmados de coronavírus no país: já são 240 pacientes com a doença, além de quatro mortes registradas.
Além dessas medidas, o governador disse que supermercados vão começar a vender álcool em gel com margem zero de lucro. O mesmo ainda não vale para as farmácias.
Em entrevista coletiva, o governador anunciou ainda a recomendação de que templos e igrejas evitem missas, cultos e celebrações na região metropolitana de São Paulo, por 60 dias. "Isso não significa fechamento de espaços religiosos", afirmou.
Em anuncio nesta quarta-feira, 18, Doria também recomendou o fechamento de shoppings centers e academias da grande São Paulo até 30 de abril. Ele anunciou também que vai disponibilizar R$ 500 milhões em crédito para micro e pequenos empresários.
Já na capital, o prefeito Bruno Covas mandou fechar as lojas até 5 de abril e manter apenas os serviços online. A medida não vale para estabelecimentos essenciais como farmácias, hipermercados, supermercados, mercados e feiras livres, lojas de conveniência, de alimentação para animais, padarias, restaurantes, lanchonetes e postos de combustível.