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SP terá policiamento reforçado durante greve geral nesta sexta

Segundo o secretário de Segurança Pública, o efetivo irá impedir bloqueios em rodovias, vias centrais e acessos aos aeroportos

Policiamento: o secretário não detalhou a quantidade nem como deverá agir o efetivo policial (Victor Moriyama/Getty Images)

Policiamento: o secretário não detalhou a quantidade nem como deverá agir o efetivo policial (Victor Moriyama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2017 às 17h32.

São Paulo - O policiamento será reforçado em São Paulo, nesta sexta-feira, 28, por causa de manifestações. O secretário da Segurança Pública do Estado paulista, Mágino Alves, afirmou que o efetivo irá impedir bloqueios em rodovias, vias centrais, como marginais e Corredor Norte-Sul, e acessos aos aeroportos.

"Uma coisa é você interditar uma via secundária, outra coisa interditar uma via de grande importância para uma cidade. A interdição das estradas também é impossível. Não há permissivo para este tipo de ação", disse.

O secretário se reuniu nesta quinta-feira, 27, com os comandos de policiamento, para discutir as ações que serão tomadas nesta sexta.

Porém, não detalhou a quantidade nem como deverá agir o efetivo policial. Ele acredita ainda que os atos serão pacíficos e não haverá confronto com a polícia.

"Vamos usar o policiamento reforçado em todo o Estado. Estamos preparados para atender todos os tipos de demandas. O equipamento usado será o mesmo utilizado para o controle de distúrbios civis", ressaltou.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) pretende fechar os acessos aos aeroportos de Congonhas, na zona sul da cidade, e de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Segundo Mágino Alves, a missão é garantir o direito de ir e vir. "Vamos garantir a manutenção da ordem pública. Fazendo com que aqueles que desejam se manifestar no dia da paralisação se manifestem com tranquilidade e aqueles que querem manter a rotina diária devem ter os direitos respeitados também. Isso ficou acordado com as sindicais, que a gente teria esta certeza de que as centrais agiriam com tranquilidade", destacou.

Diversas categorias e centrais sindicais realizarão paralisações e manifestações, nesta sexta-feira contra as reformas da Previdência e trabalhista.

Sobre os protestos em direção à residência do presidente Michel Temer, em Pinheiros, na zona oeste da cidade, o secretário Mágino Alves acrescenta que serão criados bloqueios nas proximidades para impedir a chegada do grupo.

"Bloqueios são estudados conforme a movimentação dos manifestantes", completou. Ainda segundo o secretário, vias centrais que forem interditadas deverão ser imediatamente desbloqueadas.

Em São Paulo, um protesto organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo está marcado para as 17 horas no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista.

Mais cedo, ao meio-dia haverá protesto na Avenida Paulista. E às 15 horas, professores municipais realizarão uma assembleia e na sequência farão protesto em frente à Prefeitura Municipal, no Viaduto do Chá, na região central.

"Nesses locais é comum que tenham manifestações. Vamos trabalhar no sentido de que elas possam ocorrer. Os acessos aos aeroportos são vias que não podem sofrer este tipo de interdição. Agora se a via for interditada, nós vamos solicitar que ela seja desobstruída", destacou.

O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Nivaldo Restivo, o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Emygdio Machado Neto, o diretor do Departamento de Polícia Judiciário da Macro São Paulo (Demacro), Albano David Fernandes, participaram da reunião com o secretário Mágino Alves, na manhã desta quinta-feira, 27.

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