Manifestantes protestam em São Paulo contra vacina da Sinovac: em São Paulo, a vacina da Sinovac está sendo testada como parte da fase 3 dos testes clínicos com suporte do governo de Doria e de instituições locais (Amanda Perobelli/Reuters)
Reuters
Publicado em 1 de novembro de 2020 às 19h14.
Mais de 300 pessoas se reuniram na Avenida Paulista neste domingo para protestar contra a defesa do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), à imunização obrigatória contra a Covid-19 e contra a potencial vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan.
Doria já defendeu tornar a vacinação obrigatória quando as vacinas estiverem disponíveis, o que levou a críticas do presidente Jair Bolsonaro, que prometeu que ela será voluntária. O presidente também vetou um acordo por meio do qual o Ministério da Saúde iria comprar 46 milhões de doses da vacina da Sinovac, a fim de ser incluída no Programa Nacional de Imunização.
O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), após a Rede Sustentabilidade pedir uma liminar para obrigar o governo federal a comprar a vacina produzida pelo Butantan. Em outra ação, o PDT quer que o Supremo garanta a competência de Estados e municípios de promover a vacinação obrigatória contra a Covid-19.
Em São Paulo, a vacina da Sinovac está sendo testada como parte da fase 3 dos testes clínicos com suporte do governo de Doria e de instituições locais.
Os manifestantes em São Paulo se reuniram em defesa a Bolsonaro, com um deles usando uma máscara com dizeres contrários à vacina.
Alguns manifestantes seguravam faixas em suporte ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admirado por Bolsonaro.
“Contra o autoritário e embaixador chinês João Doria, ele quer implantar agora a vacina compulsoriamente contra a nossa vontade", disse André Petros na manifestação.
"Isso não existe em lugar nenhum do mundo, nem na China essa vacina é compulsoriamente aplicada nas pessoas", completou.
O Brasil tem o terceiro maior número de infecções por coronavírus com 5,5 milhões de casos, depois de Estados Unidos e Índia.