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SP tem pior semana epidemiológica desde início da pandemia

Estado bateu recorde nas médias de casos e mortes entre os dias 14 e 20 de março

Enfermeiros em hospital de campanha em São Paulo: Estado teve na última semana o maior número de mortes desde o início da pandemia (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Enfermeiros em hospital de campanha em São Paulo: Estado teve na última semana o maior número de mortes desde o início da pandemia (Rovena Rosa/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de março de 2021 às 18h05.

Última atualização em 22 de março de 2021 às 11h42.

Apesar de estar em uma fase mais restritiva, com toque de recolher e fechamento de comércio não essencial, o estado de São Paulo enfrentou a sua pior semana da pandemia do novo coronavírus. Na 11ª Semana Epidemiológica, entre os dias 14 e 20 de março, o estado bateu recorde na média móvel de mortes e de novos casos. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde.

Entre sábado (14) e ontem (20), o estado registrou 3.449 novas mortes, uma média móvel de 493 mortes por dia, superando a média da semana anterior (entre os dias 7 e 13 de março) de 364 mortes por dia.

Nesta semana, o estado bateu o recorde de mortes registrados em um dia: na terça-feira (16), o estado somou 679 mortes. Nos últimos cinco dias, o estado vem registrando um número de mortes diárias superior a 600.

São Paulo teve também a sua pior semana em número de novos casos. Só nesta última semana, São Paulo registrou 102.931 novos casos, uma média móvel diária de 14.704 casos a cada dia, batendo a média notificada na semana anterior, de 12.492 casos por dia.

Até ontem, o estado tinha 28.292 pessoas internadas com covid-19, sendo 11.976 delas internadas em estado muito grave, ocupando leitos de unidades de terapia intensiva (UTI). Esse número é 110% maior que o que havia sido registrado quatro semanas atrás, em 20 de fevereiro, quando o estado tinha 13.491 pacientes internados. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado estava em 91,5% nesse sábado.

Fase emergencial
Com o crescimento exponencial do número de mortes, novos casos e de pessoas internadas, o governo de São Paulo decidiu decretar uma fase emergencial, que teve início na segunda-feira (15).

Nessa fase, cultos e cerimônias religiosas coletivas foram proibidas, jogos de futebol foram paralisados e as aulas da rede pública suspensas. Também foi estabelecido um toque de recolher das 20h às 5h. Além disso, desde o dia 6 de março o estado mantém sua classificação na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde somente atividades essenciais podem funcionar. Essas medidas devem durar até o final deste mês.

Com isso, o estado busca aumentar sua taxa de isolamento. Nessa última semana, com a fase emergencial, ela cresceu, mas não chegou na taxa mínima o esperado pelo governo, de 55%. Ontem, a taxa chegou a 47%. Aos finais de semana, a taxa de isolamento costuma ser maior.

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