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SP tem aumento nos casos de covid-19 após feriado, diz David Uip

A alta de casos de covid-19 pode comprometer o avanço de algumas regiões para a fase verde do Plano São Paulo, a segunda menos restritiva

Foto de arquivo: em São Sebastião, as praias estavam praticamente lotadas de banhistas na manhã desta quinta-feira, 4 (Fernanda Luz/AGIF/Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo)

Foto de arquivo: em São Sebastião, as praias estavam praticamente lotadas de banhistas na manhã desta quinta-feira, 4 (Fernanda Luz/AGIF/Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de setembro de 2020 às 10h17.

O médico infectologista e membro do Centro de Contingência do Coronavírus, David Uip, afirmou que o feriado da Independência, em 7 de setembro, e os 14 dias seguintes mostraram um aumento do número de casos de contaminação pelo novo coronavírus no Estado de São Paulo. A alta pode comprometer o avanço de algumas regiões para a fase verde do Plano São Paulo, a segunda menos restritiva.

"Estamos praticamente em todos os município na fase amarela, pretendendo a fase verde, o que não é simples. Tem que cumprir critérios", afirmou o médico em entrevista à rádio Bandeirantes.

Durante o feriado, foi registrado um aumento expressivo do número de banhistas no litoral paulista além do desrespeito às normas sanitárias do uso de máscaras e de distanciamento social. "O governo faz a sua parte, mas população faz suas escolhas", disse Uip.

Na baixada santista, até terça-feira (22) foi registrado um aumento semanal de 35% no número de casos (nos últimos sete dias em comparação aos sete dias anteriores) e de 61,4% no número de óbitos. Na capital, o aumento do número de casos foi de 1,5% e o número de óbitos registrou queda de 22,7%.

A próxima reclassificação está prevista para o dia 9 de outubro e é esperado que o município de São Paulo, bem como outras regiões, possa progredir para a fase verde, a segunda menos restritiva. A reclassificação dependerá de anúncio oficial do governo a ser feito na próxima semana.

"O Plano São Paulo foi muito bem feito. As primeiras decisões do Estado além de eu achar que foram competentes, foram acessíveis, mas agora, neste momento, nós também precisamos do convencimento da população de que essa epidemia não acabou", disse Uip.

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