Dengue: 98,6% dos casos foram registrados no primeiro semestre do ano (Joao Paulo Burini/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2014 às 09h23.
São Paulo - Balanço divulgado nesta segunda, 17, pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo aponta que, de 1º de janeiro a 1º de novembro, 27.721 pessoas foram infectadas pela dengue na capital paulista, número 62% superior ao registrado no último levantamento, de julho, quando haviam sido registrados 17.088 casos de dengue.
O número é dez vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando a cidade teve 2.617 casos, e o mais alto verificado nos últimos dez anos. Para facilitar o mapeamento, a doença e a febre chikungunya passarão a ter notificação em 24 horas.
A taxa de incidência da dengue na cidade é de 246,3 casos para cada 100 mil habitantes, considerada média, de acordo com a classificação do Ministério da Saúde.
O recorde observado no ano fez com que a secretaria decidisse ainda criar comitês locais de prevenção em cada uma das subprefeituras paulistanas. As instâncias terão como objetivo "fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo".
Apesar do aumento de casos, a secretaria afirma que, desde julho, o Município está em fase de baixa transmissão. De acordo com a pasta, 98,6% dos casos foram registrados no primeiro semestre do ano.
O bairro do Jaguaré, na zona oeste da capital, continua sendo o distrito com a maior incidência de dengue no ano (3.407 casos por 100 mil habitantes). Ali, 1.699 pessoas foram contaminadas pela doença desde janeiro. Em seguida, com os maiores índices de incidência, aparecem Lapa e Rio Pequeno.
Notificação
Qualquer caso suspeito de dengue ou de febre chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, terá de ser notificado à Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo em até 24 horas a partir de agora, conforme anunciado ontem.
A decisão faz parte das novas estratégias adotadas pela Prefeitura de São Paulo para combater as duas doenças.
Antes dessa regra, as unidades de saúde já eram obrigadas a informar à secretaria os casos suspeitos, mas não tinham um prazo. A notificação imediata dos pacientes com suspeita das doenças vale para unidades públicas e privadas da cidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.