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SP só terá festa de Réveillon ou Carnaval quando existir vacina, diz Doria

O governador de São Paulo destacou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, que ainda há grande risco de contágio pelo coronavírus

Bloco de rua no carnaval de São Paulo. (Fabio Vieira/FotoRua/NurPhoto/Getty Images)

Bloco de rua no carnaval de São Paulo. (Fabio Vieira/FotoRua/NurPhoto/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 15 de julho de 2020 às 14h12.

Última atualização em 15 de julho de 2020 às 19h30.

O governador João Doria (PSDB) disse, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 15, que a festa de Réveillon na Avenida Paulista e o Carnaval só vão acontecer quando houver uma vacina para a covid-19.

"Não é hora de festas, encontros e celebrações. Nós não temos de celebrar o ano novo nem o Carnaval diante de uma pandemia. Apenas com uma vacina pronta, aplicada e a imunização feita é que poderemos ter festas que fazem parte do calendário do país, mas neste momento, não", afirmou o governador.

Na terça-feira, 14, o coordenador do Centro de Contingência do coronavírus, Paulo Menezes, disse em entrevista que os eventos poderiam ser liberados na fase azul 5 do Plano São Paulo, quando há a volta total da economia. Mas ponderou que era uma situação que não aconteceria nas próximas semanas e ainda havia um grande risco de transmissão.

A medida vai no mesmo sentido da Liga das Escolas de Samba (Liesa) do Rio de Janeiro que confirmou, ontem, a intenção de realizar os desfiles somente quando existir uma vacina.

O estado de São Paulo é o mais atingido pela pandemia SARS-CoV-2. Segundo dados da Secretaria da Saúde  divulgados nesta quarta-feira, são 18.640 mortes causadas pela covid-19, 316 confirmadas nas últimas 24 horas.

No total, 393.176 pessoas já foram infectadas pelo coronavírus. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 66,5% no estado e em 65% na Grande São Paulo.

Corrida pela vacina

O Instituto Butantan lidera, no Brasil, a fase de testes da vacina do laboratório chinês Sinovac, considerada uma das mais promissoras do mundo. Profissionais da saúde de seis estados brasileiros, que trabalham na linha de frente no combate à covid-19, já podem se candidatar como voluntários.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também faz uma testagem no Brasil de uma vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Três mil voluntários participam desta fase e a projeção é ter o registro em 2021.

Os resultados dos testes de uma vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna, também uma das mais promissoras do mundo, foram publicados no prestigioso New England Journal of Medicine na terça-feira. Na publicação, a empresa confirmou o que se esperava desde que as primeiras notícias surgiram, há dois meses. A vacina é majoritariamente segura e gerou respostas de imunização que podem proteger os pacientes.

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