Febre amarela: não há registro de transmissão urbana no país desde 1942 (André Borges/Agência Brasília/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 12h43.
O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 15,8 milhões para reforçar a campanha de vacinação contra a febre amarela no estado de São Paulo, onde este ano foram notificados cerca de 300 macacos mortos por febre amarela.
A medida liberando a verba foi publicada ontem (26) no Diário Oficial da União.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2017 foram registrados 23 casos da forma silvestre da doença (tendo o mosquito Haemagogus como vetor) em seres humanos, no interior paulista, sendo que dez desses infectados morreram.
Não há registro de transmissão urbana no país (pelo mosquito Aedes aegypti) desde 1942. A forma urbana é a mais grave em aspectos clínicos e de disseminação.
De acordo com a Secretaria de Saúde da capital paulista, a vacina contra a doença começou a ser aplicada ontem (26) em moradores do distrito de Raposo Tavares, na zona oeste da cidade. A meta é imunizar 70 mil moradores da região e a ação é preventiva, uma vez que a área não teve registro de macacos com febre amarela. Na capital paulista, aliás, não houve caso humano de febre amarela silvestre ou urbana.
Bairros da zona sul da cidade (Jardim Ângela, Parelheiros, Marsilac e Capão Redondo), próximo ao município de Itapecerica da Serra, onde foram encontrados 10 macacos com febre amarela, também foram incluídos, no calendário de vacinação. Segundo balanço da prefeitura, até ontem foram vacinadas quase 47 mil pessoas. A meta para a região é vacinar 500 mil pessoas.
A primeira região da capital paulista a imunizar os moradores, no dia 21 de outubro, foi a zona norte, que teve 1,1 milhão de vacinas aplicadas até a última quarta-feira (19).
Os dois parques onde macacos com diagnóstico confirmado para febre amarela foram encontrados mortos - o Parque da Cantareira e o Horto Florestal - seguem fechados até o dia 1o de janeiro.
Após essa data, os eventuais visitantes deverão ter tomado a vacina ou ter aplicado repelente (no caso de pessoas com restrições à imunização).