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SP reabre bares e restaurantes apesar de temor de “segunda onda”

Os estabelecimentos poderão abrir com 40% da capacidade e com funcionamento reduzido de 6 horas diárias

BAR FECHADO EM SP: rotina começa a voltar com a justificativa de ocupação de UTIs abaixo de 70% (Germano Lüders/Exame)

BAR FECHADO EM SP: rotina começa a voltar com a justificativa de ocupação de UTIs abaixo de 70% (Germano Lüders/Exame)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de julho de 2020 às 06h32.

Para alguns paulistanos, o dia será de alegria. Para outros, de preocupação. Nesta segunda-feira (6), passa a ser permitida a reabertura de bares e restaurantes na capital. A justificativa é que a cidade está com estabilização no crescimento de casos da covid-19, com a doença se interiorizando, e lotação de UTIs abaixo de 70%.

Os estabelecimentos, machucados financeiramente após meses dependendo apenas do delivery, poderão abrir com 40% da capacidade e com funcionamento reduzido de 6 horas diárias.

Outra exigência será de “ambiente arejado” e uso obrigatório de máscaras, diante da regra já estabelecida desde a semana passada de multa de 500 reais por quem estiver em espaço público sem o item. Na prática, será preciso ver para crer como será o comportamento.

O primeiro dia de abertura no Rio de Janeiro, na quinta-feira (02), foi marcado por imagens que rodaram as redes sociais de centenas de pessoas sem máscara aglomeradas nos bares da rua Dias Ferreira e na Praça Cazuza, no Leblon. O temor é que a falta de distanciamento social leve a uma nova explosão de casos.

O Reino Unido, por exemplo, também abriu seus bares durante o final de semana, mas está em um momento totalmente diferente da pandemia. Apesar de ter sido um dos mais afetados, tanto em termos absolutos quanto per capita, só está reabrindo após uma queda vertiginosa no número diário de novos casos e mortes, tal como países como Itália e Espanha.

Nos Estados Unidos, a reabertura levou muitos aos bares e causou uma explosão de novos casos em estados como Texas e Florida, levando a uma nova rodada de medidas de fechamento.

Apesar de mudança no perfil regional e etário dos infectados, agora mais jovens, é difícil falar que há um “segunda onda”, e sim uma longa e dolorosa primeira onda que nunca terminou. Também é o caso do Brasil, infelizmente.

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