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SP: Prefeitura homologa tombamento de edifícios art déco em Santa Cecília

Imóveis são datados do período entre 1920 e 1940. A decisão considerou o "valor arquitetônico, urbanístico, paisagístico e ambiental"

Como a resolução de tombamento ressalta, os prédios pontuam o início do processo de verticalização da região (Paulo Fridman/Exame)

Como a resolução de tombamento ressalta, os prédios pontuam o início do processo de verticalização da região (Paulo Fridman/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2018 às 16h35.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo homologou nesta sexta-feira, 27, o tombamento de quatro edifícios do bairro Santa Cecília, no centro expandido da cidade. Os prédios são considerados pioneiros no estilo art déco, que marca a passagem da arquitetura eclética para moderna. Eles são datados do período entre 1920 e 1940. A decisão considerou o "valor arquitetônico, urbanístico, paisagístico e ambiental".

Os imóveis estão localizados nas imediações da Praça Marechal Deodoro, datada do mesmo período, próximo à estação do Metrô de mesmo nome. O tombamento foi decidido pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp) em reunião realizada em 19 de fevereiro.

Como a resolução de tombamento ressalta, os prédios pontuam o início do processo de verticalização da região. "Esta produção arquitetônica de importante valor paisagístico e ambiental resultante da implantação destes exemplares vem desaparecendo da cidade de São Paulo", diz o texto.

O processo de tombamento foi aberto em 2011 e contemplava inicialmente 18 imóveis. Dos quatro que deverão ser preservados, o único que deverá manter também elementos internos é o Edifício Tupã, que teve também tombado o saguão, as escadas e os ornamentos e revestimento interno. O imóvel tem projeto do arquiteto russo Samuel Roder e chegou a ter a demolição requerida ao Conpresp.

Além do Tupã, o Conpresp determinou a preservação dos elementos da arquitetura externa, como fachada, ornamentos e materiais de revestimento dos edifícios Lunice e Maria Teresa - respectivamente, com projetos do arquiteto Alfredo Giglio e do escritório S Vitali -, e de um pequeno prédio na rua Rosa e Silva. Os imóveis têm de três a sete pavimentos.

Segundo o estudo de tombamento, durante a década de 30, o Art Déco tornou-se um modismo arquitetônico na capital paulista em imóveis diversos, como escolas, teatros, residências, edifícios comerciais e de apartamentos, dentre outros.

Com a homologação, qualquer projeto de intervenção nos elementos protegidos deverá ser previamente analisado e aprovado pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH). Com a decisão, não foi delimitada área envoltória. Além dos quatro edifícios, outros nove estavam dentro do pedido de tombamento inicial, mas foram descartados.

Os quatro imóveis tombados são:

- Edifício Lunice: Rua das Palmeiras, 336 a 350;

- Prédio da Rua Rosa e Silva, 121;

- Edifício Maria Teresa: Alameda Barros, 650;

- Edifício Tupã: Praça Marechal Deodoro, 171 a 191, esquina com a Rua São Vicente de Paulo.

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