Pedágio: Alckmin tenta convencer as empresas a fixar um reajuste menor (QUATRO RODAS/Quatro Rodas)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2014 às 18h42.
Sorocaba - O governo estadual negocia com as concessionárias das rodovias paulistas um reajuste nas tarifas de pedágio abaixo da inflação.
O contrato entre o governo e as concessionárias prevê o reajuste pelo índice da inflação anual, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre junho do ano passado e maio deste ano, o que daria um aumento de 6,46%.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tenta convencer as empresas a fixar o reajuste abaixo desse porcentual. Até a tarde desta segunda-feira, 23, o índice do aumento não tinha sido definido.
De acordo com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), a tabela com as novas tarifas para as 127 praças de pedágio do Estado deverá ser divulgada até sexta-feira, 27, antecedência necessária para que os valores cheguem ao conhecimento dos usuários.
A cobrança deve começar à zero hora do dia 1º de julho.
No ano passado, pressionado pelas manifestações de rua, o governador suspendeu o cálculo previsto em contrato e anunciou um reajuste zero para o pedágio.
Entre as compensações obtidas pelas concessionárias, foi autorizada a cobrança de tarifa pelo eixo suspenso dos caminhões. Até então, o eixo com pneus que não tocavam o asfalto não entrava no cálculo da tarifa.
O IPCA, calculado pelo IBGE, é usado para o cálculo do reajuste das tarifas nos contratos mais recentes, enquanto que, para os mais antigos - a maioria - , havia sido definido o reajuste pelo Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M.
Em 2012, depois de negociação com as empresas, ficou acertado que o índice a ser usado no reajuste será o de menor impacto sobre as tarifas. Em maio, o IGP-M acumulado em doze meses era de 7,84%.