Larvas e mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue (AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2015 às 19h28.
São Paulo - A capital paulista registrou nos primeiros quatro meses de 2015 mais casos de dengue do que em todo o ano passado, mostra balanço da Secretaria Municipal da Saúde divulgado na tarde desta quinta-feira, 07.
A Prefeitura confirmou mais três mortes pela doença na cidade, o que eleva para oito o número de vítimas fatais no ano - em 2014, foram 14 óbitos.
De janeiro até 25 de abril, foram confirmados 38.927 registros da doença. Nos 12 meses de 2014, a cidade teve 29.011 casos. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmadas 14.219 pessoas infectadas, a alta é de 173%.
Com os novos registros, a capital alcançou índice de incidência de 340,1 casos por 100 mil habitantes, o que reforça a situação de epidemia. É o maior número de casos da história da capital. O recorde anterior havia sido registrado no ano passado.
Apesar da alta, o secretário municipal adjunto da Saúde, Paulo Puccini, disse que já é possível verificar uma tendência de estabilização no número de notificações da doença.
"Com o trabalho de bloqueio de criadouros e a divulgação do problema na mídia, a ocorrência semanal de casos de dengue que vinha em ascensão começou a se estabilizar a partir da 12ª semana epidemiológica (fim de março)", disse.
Ele afirmou ainda que embora, na média, a cidade já esteja em situação epidêmica, o surto não ocorre em todos os bairros. "Dos 96 distritos, 31 estão em situação de epidemia, a maioria na zona norte".
Mortes
A secretaria informou que duas mulheres com idades de 25 e 64 anos e um homem de 52 foram as mais recentes vítimas fatais da dengue.
Eles eram moradores de Cidade Líder, Cangaíba (zona leste) e Vila Medeiros (zona norte), respectivamente.
As vítimas mais velhas apresentavam outras doenças, como hipertensão, que aumentam o risco de complicações em um quadro de dengue.
Já a jovem de 25 anos teria morrido, de acordo com Puccini, porque demorou muitos dias para procurar uma unidade de saúde e, quando buscou, o quadro já havia se agravado bastante. Além das oito mortes confirmadas no ano, outras 25 estão em investigação pela secretaria.