Brasil

SP é o Estado com maior queda no índice de homicídios

Os investimentos no Estado mais rico do País começaram ainda no final da década de 90 e foram contínuos

Desde 2000 a violência homicida em São Paulo vem caindo (Agliberto Lima/VEJA SP)

Desde 2000 a violência homicida em São Paulo vem caindo (Agliberto Lima/VEJA SP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 11h43.

São Paulo - Com a maior queda entre as 27 unidades da federação, o Estado de São Paulo é um dos exemplos da contenção da violência mostrado pelo Mapa da Violência/2011, divulgado nesta manhã pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça. A taxa, entre 1998 e 2008, caiu de 39,7 para 14,9 homicídios por 100 mil habitantes - o Estado, que ocupava o 5º lugar entre os mais violentos, caiu para a 25º posição, perdendo apenas para Santa Catarina e Piauí.

A principal característica do modelo adotado pelo Estado é a continuidade da política de segurança pública. Os investimentos no Estado mais rico do País começaram ainda no final da década de 90 e foram contínuos, tanto em equipamentos e treinamento para a polícia quanto em políticas de prevenção, como o desarmamento. Desde 2000 a violência homicida em São Paulo vem caindo, mas em 2008 chegou ao seu nível mais baixo, atingindo a 25ª posição.

No Sudeste, o Rio também teve uma boa performance na contenção da violência: caiu do 3º Estado mais violento para o 7º lugar. A taxa fluminense recuou de 55,3 para 34 mortes homicídios por 100 mil habitantes. A taxa e Minas Gerais mineira passou de 8,6 para 19,6 homicídios por 100 mil habitantes, um crescimento de 2,26 vezes. Mas o Estado continua na mesma posição, o 23º lugar.

Interior

Segundo o Mapa da Violência/2011, a partir de 2003, a taxas médias nacionais das capitais e regiões metropolitanas começam a cair, enquanto as do interior continuam a crescer, mas com um ritmo mais lento. Vários fatores parecem explicar essa reversão: o Plano Nacional de Segurança Pública de 1999 e o Fundo Nacional de Segurança, de janeiro de 2001, canalizando recursos para o aparelhamento dos sistemas de segurança pública das regiões de maior incidência, dificultam a ação da criminalidade organizada, que migra para áreas de menor risco.

Há também, segundo o estudo, um processo de desconcentração econômica, com o aparecimento de polos de crescimento no interior dos Estados, fenômeno que atua como fator impulsor da violência pelo país afora, principalmente na região Nordeste.

Acompanhe tudo sobre:América Latinacidades-brasileirasDados de BrasilMetrópoles globaisSão Paulo capitalViolência urbana

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil