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SP duplica gastos com remédios por determinação judicial

Em 2007, o estado gastou R$ 400 milhões para atender a 8 mil ações; em 2010 foram gastos R$ 700 milhões para 25 mil ações

Os itens mais pedidos são para diabete, que não são fornecidos pelo SUS (stock.XCHNG)

Os itens mais pedidos são para diabete, que não são fornecidos pelo SUS (stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 18h47.

São Paulo - Em quatro anos, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo teve quase dobrados os gastos com a compra de medicamentos e produtos diversos exigidos por determinação judicial. Em 2007, o estado gastou R$ 400 milhões para atender a 8 mil ações; em 2010 foram gastos R$ 700 milhões para 25 mil ações.

Os itens mais pedidos são para diabete, que não são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de remédios de alto custo - em geral para tratamento de alguns tipos de câncer, como drogas para quimioterapia oral, ou de doenças raras.

É o caso da empresária Francisca Bruzzi, de 50 anos, que precisou recorrer à Justiça para conseguir dar continuidade ao tratamento do marido, Raimundo, de 61. Diagnosticado com mieloma múltiplo (um tipo de câncer na medula) em 2008, ele tentou vários tratamentos e passou por transplante de medula, mas nada deu certo. A única alternativa para ele é o medicamento Revlimid, que não é vendido no Brasil e custa cerca de R$ 16,5 mil - preço de uma caixa com 30 comprimidos.

"Entrei na Justiça em março e o juiz determinou a entrega do medicamento. O estado me entregou, em setembro, um remédio similar, bem mais barato, fabricado na Índia e sem comprovação científica", diz Francisca.

O estado forneceu a ela o remédio similar, chamado Lenalid, que tem o mesmo princípio ativo do de marca (lenalidomida). Teoricamente, ele oferece os mesmos efeitos ao paciente e custa R$ 790 - 5% do valor do remédio de marca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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