(Amanda Perobelli/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 29 de julho de 2020 às 14h36.
Última atualização em 29 de julho de 2020 às 14h50.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira, 29, que o estado vai definir a data de retorno às aulas presenciais até o dia 8 de agosto. Por enquanto, a Secretaria da Educação prevê a volta a partir do dia 8 de setembro.
Na próxima segunda-feira, 3, está marcada uma entrevista coletiva com o secretário da Educação, Rossieli Soares, em que ele dará mais detalhes sobre as aulas presenciais e calendário escolar de 2020.
O governo alterou, na terça-feira, 28, critérios da quarentena no estado para acelerar a reabertura e que também impactam na volta das atividades escolares de forma presencial.
Antes, todos as 17 regiões do estado deveriam estar por, pelo menos, 28 dias na fase 3 amarela do plano de flexibilização para retomar as atividades.
Com a mudança, a contagem dos 28 dias começa quando o estado atingir 80% das regiões na fase 3. Mas para que o retorno das aulas seja autorizado, é necessário que ao final destas quatro semanas, todo o estado esteja na etapa 3 amarela.
Atualmente, a maior parte do estado (dez regiões) está na fase 2 laranja. Três estão na fase 1 vermelha e cinco estão na 3.
No fim de junho, o governo estabeleceu protocolos sanitários para permitir o retorno das aulas. Dentre as regras está a volta de forma gradual, com até 35% dos alunos e preferencialmente em sistema rodízio entre aulas remotas e presenciais.
Além disso, é preciso ter um distanciamento de 1,5 metro, medição de temperatura na entrada, disponibilizar álcool em gel, uso obrigatório de máscaras e organizar as entradas e saídas para evitar aglomerações.
Professores da rede pública estadual de São Paulo realizaram na manhã desta quarta-feira, 29, carreata contra a volta às aulas presenciais, prevista para acontecer no dia 8 de setembro. O ato também pedia pagamento de auxílio emergencial aos educadores. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
"A estrutura das escolas é precária. Muitas vezes, não possuem ventilação adequada e têm salas improvisadas. Existem escolas inteiras precisando de reforma. Tem escola que não conta sequer com uma pia nos banheiros, e muito menos papel higiênico. Como falar em protocolo de segurança?", afirmou a presidente da Apeoesp e deputada estadual, Professora Bebel (PT).
(Com Estadão Conteúdo)