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SP convoca 20 mil professores aprovados em concurso

De acordo com Geraldo Alckmin, não há falta de professores no estado, mas nem todos os profissionais que estão trabalhando no momento são concursados


	Professores: os convocados vão substituir os professores que atualmente trabalham em regime temporário
 (ThinkStock/Qiang Fu/Thinkstock)

Professores: os convocados vão substituir os professores que atualmente trabalham em regime temporário (ThinkStock/Qiang Fu/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 17h01.

O governo do estado de São Paulo convocará 20,9 mil professores aprovados em um concurso realizado em 2013. Os convocados vão substituir os professores que atualmente trabalham em regime temporário. A decisão será publicada amanhã no Diário Oficial.

De acordo com o governador Geraldo Alckmin, não há falta de professores no estado, mas nem todos os profissionais que estão trabalhando no momento são concursados.

“Nenhum estado tem [somente concursados], até porque tem um processo muito dinâmico. Nos anos iniciais, por exemplo, temos tido menos alunos, é a mudança demográfica. O Brasil, que era um país jovem, hoje é um país maduro", disse Alckmin.

Ao comentar a reivindicação de reajuste salarial da categoria, o governador citou o problema da queda de arrecadação. “Daremos o aumento o mais rápido possível, estamos monitorando a arrecadação”, afirmou o governador.

Ele disse que a questão orçamentária está sendo permanentemente avaliada e lamentou que, em setembro, o estado tenha sofrido perda de mais de R$ 1 bilhão, comparativamente à previsão da lei orçamentária.

O secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, considerou “legítima, justa e compreensível” a reivindicação dos professores.

“Ninguém tem 'atormentado' mais os setores técnicos do governo do que o secretário da Educação. É por isso que os professores estão acreditando que haja alguma perspectiva. Temos que constatar: isso é uma tragédia. É que a arrecadação do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], a maior receita paulista, cai aceleradamente.”

Ensino integral

Para Nalini, o estado tem de ser contemplado com um número de escolas integrais compatível com a sua dimensão. “Não é possível que tenhamos mais 30 escolas integrais com os recursos do Ministério da Educação [MEC], quando estados que não têm a mesma dimensão, principalmente Santa Catarina e Maranhão, contem com o mesmo número de 30 escolas [integrais].”

Nalini disse que foi surpreendido pela portaria do MEC que condiciona a abertura de escolas integrais à taxa mínima de 75% de participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Temos de convencer os estudantes de que dependerá do desempenho deles na aferição do Enem essa possibilidade do ensino integral”, afirmou.

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