Profissionais contratados vão trabalhar no bloqueio de casos e na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti (Thinkstock/Damrongpan Thongwat)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2015 às 18h13.
São Paulo - O secretário de Saúde de São Paulo, David Uip, anunciou hoje (3) a contratação de mais 500 agentes de controle de endemias para auxiliar no trabalho de prevenção à dengue.
O contrato será firmado pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e terá validade de três meses, período considerado estratégico para a adoção de medidas preventivas para o próximo verão.
Os profissionais contratados vão trabalhar no bloqueio de casos e na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Os recursos serão de R$ 6 milhões, o que, somado ao que já se investiu este ano, chega a R$12 milhões. O efetivo de agentes será de mil pessoas em campo.
Também foram comprados 150 atomizadores costais para aplicação de inseticidas, nove atomizadores acoplados em viaturas e 450 kits de equipamentos de proteção para os funcionários.
As informações foram divulgadas durante um encontro estadual para o qual foram convocados prefeitos e secretários de saúde dos 645 municípios paulistas. O objetivo foi alinhar todas os municípios e estabelecer estratégias conjuntas para o combate ao mosquito.
Segundo dados divulgados pela Secretaria, até agora, os 10 municípios paulistas com maior número de casos de dengue confirmados são: Campinas (61.483); Sorocaba (50.316); São Paulo (39.841); Guarulhos (20.147); São José do Rio Preto (16.824); Sumaré (14.459); São José dos Campos (14.290); Rio Claro (13.730); Limeira (11.285) e Catanduva (10.458). As dez cidades concentram 43% dos 589.192 casos confirmados no estado.
O secretário David Uip disse que o encontro foi convocado para antecipar o que o estado e os municípios deverão fazer nos próximos meses. Ele destacou a necessidade de toda a sociedade se envolver no trabalho.
"Este é um embate muito difícil, porque a dengue veio para ficar, e o vírus não tem tratamento específico nem vacina disponível. Por isso, muito do que é feito depende da participação da sociedade. Estamos nos preparando para o que vier e iniciando isso pelo menos dois meses antes do que no ano passado”, afirmou o secretário.
Uip ressaltou que o Instituto Butantan já encerrou a segunda fase de testes e submeteu os resultados ao Ministério da Saúde e aos órgãos de ética do governo federal.
“Esperamos que ela seja aprovada até o final de outubro para iniciarmos a fase 3, que engloba 20 mil voluntários no Brasil inteiro”. A estimativa é que a vacina só esteja disponível em 2017.