A candidata Soninha Francine, do PPS: críticas à presença de Lula na campanha (Ricardo Matsukawa/Terra)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2012 às 18h40.
São Paulo - A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, criticou na tarde desta terça, durante a série Entrevistas Estadão, a participação ostensiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto nesta campanha para prefeito da Capital, disputada pelo seu afilhado político Fernando Haddad, quanto nas eleições presidenciais de 2010, quando elegeu Dilma Rousseff presidente.
"O Lula alçou, ampliou o significado de padrinho (a patamares) nunca antes vistos na história deste País. O que ele fez com a Dilma no governo foi o maior caso de empenho de um padrinho numa campanha desse jeito. (Foi) ilegal. Tem um limite", afirmou a candidata.
Soninha criticou também o atual prefeito da Capital, Gilberto Kassab (PSD), por ser "lerdo" na realização de obras. Ela citou as áreas de transporte e recolhimento de lixo como exemplo de setores que poderiam ter melhorado mais. "Nos ônibus, poderia ter tido grandes progressos, assim como na coleta seletiva, que está muito abandonada", apontou.
Apesar das críticas, Soninha diz compreender os prefeitos que sucederam as administrações de Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000), que na sua opinião deixaram a cidade abandonada. Ela citou a área de educação para exemplificar. "A recuperação foi lenta, com a Marta (Suplicy, 2001-2004) teve algum avanço, com os CEUs, por exemplo. (José) Serra (2005-2006) e Kassab construíram escolas e creches. Eles pegaram uma rede imensa, a dificuldade é compreensível", disse.