Indústria: os empresários esperam melhora na demanda, nas exportações e na compra de matérias-primas (Thinkstock/Thinkstock)
Agência Brasil
Publicado em 21 de março de 2017 às 16h48.
A sondagem industrial de fevereiro, divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que o setor ainda passa por dificuldades - tanto a produção industrial como o emprego continuam a apresentar queda.
A utilização da capacidade instalada permaneceu inalterada em 63%.
Por outro lado, segundo a entidade, as perspectivas quanto aos próximos meses sugerem otimismo.
Os empresários esperam melhora na demanda, nas exportações e na compra de matérias-primas.
O índice de intenções de investimento para os próximos meses, por sua vez, registrou pequeno recuo na comparação mensal, mas apresentou crescimento significativo na comparação com o mesmo mês de 2016.
Em fevereiro, o índice de evolução da produção atingiu 44,4 pontos - praticamente o mesmo observado em janeiro (crescimento de 0,2 ponto).
Na comparação com fevereiro de 2016, o crescimento foi 2,2 pontos.
"A queda observada na produção em fevereiro de 2017 foi menos intensa e disseminada que no mesmo mês do ano anterior", avaliou a CNI.
Ainda de acordo com boletim divulgado pelo órgão, o índice de evolução do número de empregados registrou 45,9 pontos em fevereiro - 3,1 pontos superior ao registrado no mesmo mês de 2016.
Ainda que abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o índice apresentou o maior valor para o mês de fevereiro desde 2015.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve inalterada na passagem de janeiro para fevereiro, com 63% de utilização.
O índice encontra-se neste patamar desde dezembro de 2016. A UCI efetiva/usual continua a apontar baixa atividade industrial.
Em fevereiro, alcançou 37,7 pontos, praticamente inalterado na comparação com janeiro.
O nível de estoques mostrou queda e manteve-se próximo do planejado pelas empresas em fevereiro.
O índice ficou em 49,4 pontos, enquanto o valor do estoque efetivo/ planejado ficou em 50,1 pontos.
A pesquisa foi feita com 2.437 empresas de todo o país, sendo 984 pequenas, 885 médias e 568 grandes, entre os dias 2 e 14 de março.