Aécio Neves (PSDB): senador é o único dos principais pré-candidatos que ainda não escolheu quem será seu companheiro de chapa (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2014 às 22h48.
Brasília - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, ganhou nesta terça-feira o apoio formal do partido Solidariedade, cujo presidente, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), sugeriu que o tucano escolha o vice-presidente da legenda, Miguel Torres, como vice na chapa presidencial.
Aécio é o único dos principais pré-candidatos que ainda não escolheu quem será seu companheiro de chapa e nos últimos dias vários nomes têm sido especulados, entre eles o próprio Torres, que também preside a Força Sindical, uma das maiores centrais sindicais do país, e o ex-governador de São Paulo José Serra, companheiro de partido de senador.
“É um nome extremamente qualificado... e será avaliado pelo conjunto dos partidos que fazem parte dessa aliança. Essa decisão será tomada no mês de junho antes da nossa convenção marcada para o dia 14”, disse Aécio ao ser questionado sobre a indicação do Solidariedade.
“Isso mostra engajamento do Solidariedade e da própria Força (na campanha)”, acrescentou o tucano.
Paulinho da Força, como é conhecido o presidente do SDD, disse que o apoio a Aécio se dá porque ele assumiu compromisso de atender parte da pauta de reivindicação dos trabalhadores como a manutenção da política de reajuste do salário mínimo, propor a correção da tabela de Imposto de Renda anualmente pelo IPCA, o índice oficial de inflação, e a valorização do benefício dos aposentados que ganham acima do salário mínimo.
Além de agregar apoio entre o meio sindical, o apoio do Solidariedade, rende mais tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e TV a Aécio.
A oficialização do apoio à candidatura do PSDB à Presidência só ocorrerá em 21 de junho, quando o Solidariedade fará sua convenção nacional.
“Aécio, escolhemos você não é de agora. Chegaram a dizer que nosso partido anunciou apoio a você antes mesmo do PSDB”, disse Paulinho ao anunciar a aliança com os tucanos.
Segundo ele, porém, o Solidariedade ainda tenta convencer os tucanos a incluir no programa de governo a revisão do fator previdenciário, fórmula usada para calcular o benefício para aposentadorias.
“Ele disse que pediu à sua equipe para fazer as contas e ver se é possível incluir”, disse Paulinho aos jornalistas.