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Sob alarde, Aécio volta ao Congresso e promete cobrança

Tucano também rejeitou eventuais retrocessos no processo democrático, depois de alguns manifestantes defenderem o impeachment de Dilma

Senador Aécio Neves (PSDB) chega ao Congresso Nacional para reunião, em Brasília (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

Senador Aécio Neves (PSDB) chega ao Congresso Nacional para reunião, em Brasília (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 15h52.

Brasília - O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado no segundo turno da eleição presidencial, retomou nesta terça-feira seu mandato parlamentar sob grande alarde e prometeu uma oposição que cobrará o governo da presidente Dilma Rousseff, reeleita no final de outubro.

O tucano, que passou a última semana descansando depois da eleição presidencial mais disputada desde a redemocratização, também rejeitou eventuais retrocessos no processo democrático, depois de alguns manifestantes defenderem o impeachment de Dilma e uma intervenção militar em protestos realizados no último fim de semana.

“Chego hoje ao Congresso Nacional para exercer o papel que me foi delegado por grande maioria da população brasileira”, disse Aécio a jornalistas.

“Nós vamos cobrar eficiência da gestão pública, transparência dos gastos públicos, vamos cobrar que as denúncias de corrupção sejam apuradas e investigadas em profundidade.”

Ao mesmo tempo que reforçou o discurso de antagonismo ao governo, depois de ser apontado por aliados como principal líder da oposição após a eleição, o senador mineiro se disse a favor das liberdades e contra qualquer retrocesso no processo democrático.

“Eu respeito a democracia permanentemente e qualquer utilização dessas manifestações no sentido de qualquer tipo de retrocesso à democracia terá a nossa mais veemente oposição... Eu fui o candidato das liberdades, da democracia, do respeito”, disse.

Aécio afirmou ainda que se o governo quiser dialogar, como propôs Dilma no discurso após a confirmação de sua vitória, terá de demonstrar por meio de gestos “objetivos e claros sobre em que direção quer caminhar”.

“Se for na direção que caminhou nos últimos quatro anos, essa oposição, que já é de 51 milhões de brasileiros que foram as urnas, tende a crescer pelos próximos anos”, afirmou o tucano, numa referência o número de votos que obteve no segundo turno.

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