Michel Temer, vice-presidente: "Tem dois terços que pensam em manter o casamento, portanto, a maioria é pela manutenção da aliança, como eu sou pela manutenção, mas a convenção é que decide" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2014 às 17h41.
Tietê - O vice-presidente da República, Michel Temer, disse neste domingo, 9, em Tietê, no interior de São Paulo, que só a convenção do partido vai decidir se o PMDB mantém ou não a aliança com o PT da presidente Dilma Rousseff. Sem fazer referência ao líder da bancada na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), que defende o fim da aliança, ele o desautorizou a falar pelo PMDB. "Não é A nem B ou C, nem sou eu quem vai dizer se o partido vai para um lado ou para o outro. É a convenção nacional que decide o que deve ser feito com o PMDB."
Ele reafirmou que a maioria do partido quer a manutenção da aliança. Pesquisa feita pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que mais de um terço dos deputados quer o fim da aliança, mas Temer disse que não há chance de ocorrer um descasamento. "Tem dois terços que pensam em manter o casamento, portanto, a maioria é pela manutenção da aliança, como eu sou pela manutenção, mas a convenção é que decide."
Temer disse que tem conversado com outras lideranças no sentido de manter o partido coeso na base governista. "A estratégia é dialogar, conversar. É conversando que se entende. É o que a gente vai fazer a partir de hoje e tenho certeza de que vai dar certo." O vice-presidente contou que levaria à presidente Dilma, na reunião prevista para a noite, em Brasília, uma mensagem de confiança. "Vou levar para Dilma uma mensagem de concórdia. A presidenta quer ter uma aliança muito sólida e quer fazer essa aliança prosperar. É o que ela tem me transmitido e que, com certeza, vai me transmitir esta noite."
O vice-presidente foi homenageado em Tietê, sua cidade natal, durante os festejos pelos 172 anos de emancipação. Ele participou da solenidade ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do pré-candidato do partido ao governo do Estado, Paulo Skaf. O peemedebista também comentou a rebelião nas bases do partido contra o governo Dilma e disse não acreditar em uma debandada. "É uma situação passageira e logo estará superada", afirmou.