Paulo Skaf: ele disse que última pesquisa Datafolha mostra sua candidatura em ascensão (Jane de Araújo/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 17h08.
São Paulo - O candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, aproveitou uma visita ao Mercado Municipal, no centro da capital, para criticar a falta de água em São Paulo.
"O governador (Geraldo Alckmin, do PSDB) acha que todo mundo é louco porque ele afirma que tem água, mas 50% abre a torneira e não tem." Ele disse ter ouvido a reclamação de comerciantes do Mercadão.
"Ouvi isso em duas barracas, mas pesquisas recentes indicam que mais de 50% da população já acusa falta de água. O governador insiste em dizer que quem diz isso está mentindo, mas a verdade é que, uma hora ou outra, 50% ficam sem água", explicou.
Segundo ele, as pesquisas a que se referiu foram divulgadas pela imprensa.
Uma das comerciantes que reclamaram da falta de água, e que não quis se identificar, contou que o problema ocorre em Guarulhos, onde mora, cidade administrada pelo PT.
Skaf iniciou a visita ao Mercadão após as 13 horas, horário de grande movimento.
Acompanhado por candidatos a deputado, como Leandro KLB (PSD) a estadual e Major Olímpio (PDT) a federal, causou alvoroço e reclamações.
"Só quero sair da muvuca", reclamou a lojista Luisa Teles, de Limeira, presa em meio à confusão.
"Ele passou com pressa, nem me cumprimentou", reclamou um funcionário da Barraca do Juca.
Ao pedir o voto de Avani dos Santos, ela respondeu que é de Almadina, interior da Bahia, e vota na cidade baiana.
O candidato do PMDB também teve bons momentos.
Recebeu o apoio de Eduardo Aiub, cujo pai, Dieb, foi um dos três pioneiros do Mercadão, e ganhou um azeite grego de presente do comerciante Valter Borges.
"É bom para dar vida longa", disse Borges. No Bar do Mané, comeu sanduíche de mortadela com água mineral e tomou café.
O comerciante não cobrou a despesa.
Na entrevista aos jornalistas, Skaf disse que a última pesquisa Datafolha mostra sua candidatura em ascensão.
"Em relação à pesquisa anterior desse instituto, nós subimos seis pontos enquanto o candidato do PSDB desceu seis pontos."
À observação sobre o alto índice de rejeição ao seu nome, ele disse que não o considerava alto e atribuiu às pessoas que ainda não o conhecem.
"Temos ainda quase quatro semanas de campanha e vamos ficar mais conhecidos."
Perguntado sobre a arrecadação do Serviço Social da Indústria (Sesi), entidade que dirigiu durante dez anos, e se era favorável à transparência nas contas da instituição, ele se esquivou.
"Estou de licença do Sesi e isso deve ser perguntado para os dirigentes em exercício. Como estou afastado, não tenho o que falar sobre esse assunto."