Travessia entre São Sebastião/Ilhabela recebe um volume diário médio de 12.584 de pessoas, segundo o governo de SP (Governo do Estado de SP/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 5 de março de 2024 às 16h30.
Última atualização em 5 de março de 2024 às 16h30.
A travessia São Sebastião-Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, passará por reforma a partir deste mês, conforme a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Nesse período, a obra pode reduzir a capacidade operacional no sistema e aumentar o tempo de espera.
Serão reformados os flutuantes metálicos, os dolfins de costagem e manobra (estruturas de atracação e amarração das embarcações). Também haverá ações nas passarelas de pedestres e pontes mistas de embarque e desembarque. Segundo o Estado, o investimento é de R$ 6,9 milhões em cada margem.
No verão, o sistema foi alvo de críticas diante de filas que superavam as seis horas para chegar a Ilhabela, um dos principais destinos turísticos do litoral paulista no verão. Com a reforma, a redução temporária na capacidade é prevista por causa das interdições parciais dos flutuantes.
"Com isso, consequentemente, haverá impacto nos tempos de espera nas filas já que menos espaços de atracação de balsas estarão disponíveis", afirma a secretaria.
A secretaria disse ainda que planeja investir R$ 243 milhões em reforma de embarcações, modernização de terminais e aquisição de 50 motores ao longo do ano, visando à melhoria operacional e modernização dos equipamentos.
De acordo com dados de janeiro de 2024, a travessia entre São Sebastião e Ilhabela recebe diariamente cerca de 5,7 mil pedestres, 760 ciclistas, quase 800 motos e 5,3 mil veículos, volume diário total médio perto de 12,6 mil.
Em setembro de 2023, moradores e turistas estavam levando mais de seis horas para fazer de carro a travessia de balsa entre São Sebastião e Ilhabela. Na época, a Semil justificou que a demora tinha sido provocada pela alta procura de turistas, assim como embarcações em manutenção.
"O motivo é a combinação de fatores, como o aumento na demanda de caminhões - antecipando a procura turística pela região no fim de semana de calor - e a necessidade de manutenção corretiva pontual em duas embarcações da frota", alegou na ocasião.
Em um dos dias em que a situação era de caos, cinco balsas estavam paradas para manutenção ou reforma e apenas duas operavam a travessia.
Com a proximidade do réveillon, o problema se repetiu. À época, a secretaria também atribuiu a demora a problemas climáticos.