Cantareira: no primeiro dia de 2015, o nível do sistema estava em 7,2% (Divulgação/Sabesp)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 12h32.
São Paulo - O Sistema Cantareira registra, na manhã de hoje (2), 7,1% da capacidade de armazenamento de água, de acordo com levantamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O conjunto de represas é responsável pelo abastecimento de 6,5 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo.
As chuvas na cabeceira dos reservatórios no mês de dezembro, que somaram 165,5 milímetros (mm), não atingiram a média histórica para o período que é 220,9 mm.
Nas demais represas que abastecem a região metropolitana, também houve queda na maior parte delas.
No Alto Tietê, o nível de armazenamento caiu de 12,1% para 12%. O Alto Cotia teve uma redução de 0,4 ponto percentual, passando de 31,4% para 31%. No Rio Claro, a queda foi maior: de 32,5% para 31,9%. O Guarapiranga ficou estável em 40,6%.
A situação é melhor apenas no Rio Grande, com elevação de 71,9% para 72,1%, resultado da chuva de 10,8 mm na região.
Em um cenário de crise hídrica no estado, a Sabesp mudará de gestão em 2015, conforme anunciado ontem (1º) pelo novo secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga.
Assumirá o posto no lugar de Dilma Pena, que ocupava o cargo desde 2011, o engenheiro civil Jerson Kelman. Ele aguarda, no entanto, a posse no Conselho de Administração da companhia que ainda não tem data prevista.
Kelman, nascido em 1948 no Rio de Janeiro, é professor de recursos hídricos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Entre 2001 e 2004, ele presidiu a Agência Nacional de Águas e, entre 2005 e 2008, foi diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No último dia 18, o governo estadual anunciou novas medidas para combater a maior seca da história de São Paulo.
Um dos procedimentos, a multa para quem aumentar o consumo, tinha previsão de início ontem, mas ainda aguarda autorização da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).
A medida prevê que quem aumentar o consumo em até 20% terá acréscimo de 20% na tarifa de água. Se o consumo for acima desse percentual, a multa na conta da Sabesp será 50%.
A média de consumo para que se verifique o acréscimo é entre os meses de fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.
Para quem reduzir o consumo, continua até o final deste ano a concessão do bônus.
Serão mantidas as três faixas de desconto atuais: redução entre 10% e 15% no consumo, bônus de 10% e entre 15% e 20%, redução de 20%.
Para o consumidor que fizer economia a partir de 20%, o desconto é 30% da conta.
De acordo com a Sabesp, 75% dos usuários conseguiram percentuais que garantem uma conta de água mais barata.